F1 – Smedley: A segurança ainda será uma preocupação com cockpits fechados

Rob Smedley

Rob Smedley, da Williams, admite que, apesar dos benefícios de segurança dos cockpits fechados não poderem ser negados, há uma preocupação de que a instalação das capotas também terão implicações negativas para a segurança se feitas incorretamente.

A discussão sobre o cockpit fechado tem estado em pleno andamento desde as mortes de Justin Wilson num acidente na Indy e de Jules Bianchi no Japão no ano passado, ambos com ferimentos na cabeça.

Jenson Button admitiu que a morte de Wilson foi o ponto de virada na sua opinião, enquanto Daniel Ricciardo insistiu em Monza que a cobertura do cockpit era a ‘última peça do quebra-cabeça’ (da segurança). Smedley, no entanto, aponta que, apesar de aceitar a visão dos pilotos, instalar uma capota num monoposto de rodas descobertas tem suas próprias implicações de concepção e segurança.

“Uma das principais considerações para um cockpit fechado, que não devemos perder de vista, é do porquê estamos fazendo isso, que é a segurança”, observou, “Em primeiro lugar, é a segurança do piloto e um dos aspectos de um cockpit fechado é que o piloto ainda tem de ser capaz de sair do carro, em qualquer situação. Isso provavelmente é o maior desafio da engenharia”.

“Colocar um cockpit fechado no carro em si não representa uma dor de cabeça especial do ponto de vista da engenharia. Onde complica é que o piloto ainda tem de escapar, ainda tem que sair do carro – e isso inclusive quando o carro capotar. Você tem que ter certeza de que, nessa situação, o piloto ainda pode sair, que exista algum mecanismo para isso”.

“Do mesmo modo, temos de assegurar que a equipe médica ainda possa acessar o interior de um cockpit, que sejam capazes de chegar ao piloto muito, muito rapidamente. Então, se cobrir o cockpit, isso vai levantar problemas técnicos e de engenharia que precisam de respostas inovadoras e diferentes”.

“Mas isso não nos deve impedir de fazermos isso”.