F1 – Situação complicada na Lotus

segunda-feira, 24 de março de 2014 às 16:41

Lotus F1 Team

A Lotus surpreendeu a todos em Melbourne com a nomeação de Federico Gastaldi à posição de chefe-adjunto de Gerard Lopez – que passou a ser o responsável máximo da equipe depois da saída de Eric Boullier para a McLaren – num fim de semana extremamente complicado para a equipe de Enstone.

Quando se esperava que a Lotus contratasse alguém com experiência de gestão de equipes para substituir, de fato, a Bouilller, a promoção de Federico Gastaldi, que se ocupava da gestão comercial desde que a Genii Capital comprou a equipe da Renault no final de 2009, é indicativa da dificuldade que Lopez e os seus associados estão para encontrar e contratar pessoal experiente e de qualidade para a sua equipe.

A Lotus contatou pelo menos cinco potenciais candidatos ao lugar durante o último mês, todos trabalhando para outras equipes, mas nenhum deles aceitou a proposta, essencialmente por considerarem que a situação financeira da equipe e a falta de autonomia de que iriam dispor os condenava ao fracasso, sem terem poder para alterar a situação.

A necessidade de promover internamente tem sido uma constante nos últimos meses para a Lotus, dado o número impressionante de saídas registradas, principalmente no departamento técnico. James Allison (diretor técnico), Dirk de Beer (diretor de aerodinâmica), Jarrod Murphy (diretor de fluidodinâmica computacional), Cieron Pilbeam (chefe de engenheiros de pista), Rod Nelson (chefe de engenharia) e Gary Hall (diretor de materiais) foram os nomes mais sonantes que precederam Boullier na porta de saída de Enstone, mas nos últimos 12 meses registraram-se mais de 40 abandonos, todos com efeito imediato, pois os salários estavam em atraso.

“O orçamento para toda a temporada está garantido”, disse Gastaldi, pois a entrada de Maldonado trouxe 40 milhões de euros da PDVSA e equipe não tem de pagar um salário de 12 milhões de euros, como o que Raikkonen recebia, o que representa um balanço positivo de 52 milhões de euros em relação ao ano passado.

O problema, no entanto, são cerca de 200 milhões de euros de divida acumulada nos últimos anos, pois por muito que Gerard Lopez garanta que a maior parte dessa dívida é relativa ao dinheiro posto pelos acionistas na empresa, a verdade é que mais cedo ou mais tarde terá de ser paga e o valor total está assustando diversos potenciais investidores.

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