F1 – Site: Renault irá anunciar compra da Lotus na próxima semana

Renault

A Renault está pronta para voltar a ser uma equipe de fábrica na Fórmula 1, com um acordo para assumir uma participação majoritária na Lotus sendo finalizado na próxima semana, em um caminho inverso ao que ocorreu em 2011. A informação é do site Autosport.

Fontes indicam que a fabricante francesa assumiria 65% da equipe de Enstone, em um valor total de 65 milhões de libras (356 milhões de reais), com um pagamento inicial de 7,5 milhões de libras e parcelas iguais ao longo dos 10 anos seguintes.

Gerard Lopez, atualmente co-proprietário da Lotus através de sua organização Genii, parece destinado a permanecer com 25% das ações, e Alain Prost, quatro vezes campeão mundial e embaixador da Renault, adquirindo os outros 10%. Algo parecido com o que acontece na Mercedes com Toto Wolff (chefe de esportes) e Niki Lauda (presidente não executivo).

Na sequência de uma reunião de apresentação da Renault agendada para segunda-feira, uma série de documentos deverá ser assinada por ambos os lados ao longo dos dias seguintes. Entende-se que a Renault negociou um pacote de patrocínio completo, com a marca – liderada pelo CEO Carlos Ghosn – assumindo um orçamento que a colocaria em pé de igualdade com as rivais Mercedes e Red Bull.

A dupla de pilotos da Lotus tem contrato em vigor até o final de 2016. A Renault deseja seguir com o também francês Romain Grosjean, enquanto o venezuelano Pastor Maldonado ainda poderá ser alvo de negociação.

As instalações da fábrica da Lotus em Enstone – bem conhecidas da Renault – são cruciais para o negócio. O programa de CFD da Lotus e o simulador possuem apenas dois anos, enquanto o túnel de vento de 60% tem três anos de idade.

A Renault chegou a negociar com a Force India, mas as melhores instalações da Lotus foram decisivas para o desfecho. Mas a equipe de Vijay Mallya pode seguir como um “plano B”, caso algo dê errado.

Sobre os contratos de motores, tudo segue nebuloso. A Lotus tem contrato com a Mercedes, e Red Bull e Toro Rosso com a Renault. Há a possibilidade de tudo permanecer como está em 2016, com os compromissos sendo cumpridos.

Ou poderá haver um acordo envolvendo a Mercedes, que passaria a fornecer propulsores para a Red Bull já em 2016. A Renault e os alemães tem certos laços em confecções de carros de rua, o que ajudaria na resolução das questões legais.