F1 – Senna tinha contrato com a Williams pronto para 1992

sexta-feira, 1 de maio de 2020 às 11:06

Ayrton Senna

Ayrton Senna tinha um contrato com a Williams pronto para a temporada 1992 da Fórmula 1, mas ficou na McLaren por lealdade à Honda.

Senna venceu seu terceiro e último campeonato mundial de F1 com a McLaren em 1991, mas seu contrato terminava no final daquele ano e ele estava considerando suas opções.

O brasileiro queria ir para a Williams, mas só conseguiu se transferir na temporada 1994. Ele morreu em um acidente no começo do GP de San Marino, terceira etapa daquele ano.

Agora, foi revelado que Senna poderia ter ido para a equipe britânica já em 1992, tendo chegado ao GP da Bélgica do ano anterior com contratos de Williams e McLaren prontos para assinar.

“Ayrton queria ir para a Williams, mas ele era leal à Honda”, declarou Julian Jakobi, ex-empresário de Senna, no podcast Beyond the Grid. “Seu instinto básico era ir para a Williams mais cedo, mas ele era leal particularmente ao Sr. (Nobuhiko) Kawamoto, presidente da Honda na época”.

“Eles eram muito próximos porque a Honda basicamente havia colocado Ayrton na McLaren em 1988 e eles venceram três campeonatos juntos. Até mesmo no final de 1991, quando conquistou o terceiro título, ele sentia instintivamente que a Honda não era mais o que costumava ser e estava preocupado com o futuro”.

Jakobi esperava que Senna fechasse um acordo com a Williams antes da corrida em Spa, mas o brasileiro mudou de ideia de um dia para o outro após uma conversa com Kawamoto.

“Eu me lembro de ir para Spa com dois contratos para Ayrton, um da McLaren e um da Williams. E acho que Ayrton sabia que deveria ter ido para a Williams”.

“Nós tínhamos ambos os contratos prontos para assinar e pensamos no domingo de manhã que ele assinaria com a Williams. Mas ele havia conversado com Kawamoto durante a noite e disse na manhã de domingo: ‘Vou ficar mais um ano’. Portanto, ele permaneceu na McLaren em 1992”.

A Williams dominou completamente a temporada 1992, com Nigel Mansell sendo campeão com nove vitórias e 14 pole positions em 16 etapas. Senna obteve apenas três vitórias e terminou em quarto no campeonato. Jakobi acredita que Mansell não teria corrido na Williams em 1992 se Senna tivesse sido contratado.

“Ele já poderia ter ido em 92, e Nigel provavelmente não estaria lá. E foi o ano em que ele venceu o campeonato. Porém, quando Ayrton voltou atrás, Mansell ficou. Então, Kawamoto o persuadiu a continuar e garantiu o comprometimento da Honda”.

“Foi uma escolha realmente difícil. No fim das contas, foi uma decisão dele. Tudo o que nós pudemos fazer foi apresentar ambas as alternativas. Ele acabou optando pela lealdade”.

A Honda abandonou a F1 após a temporada 1992, levando Senna a considerar um ano sabático em 1993 como Alain Prost havia feito na temporada anterior.

“A Honda decidiu sair, e creio que eles contaram a Ayrton três meses antes de avisarem Ron (Dennis). Ele ficou devastado. Assim, nós tínhamos de encontrar outro lugar para 1993. O quão perto ele esteve de não pilotar em 93? A resposta é muito perto”.

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