F1 – Seis títulos, e contando
segunda-feira, 4 de novembro de 2019 às 12:36Por: Bruno Aleixo
Lewis Hamilton é hexacampeão mundial de Fórmula 1. Dezesseis anos após Michael Schumacher atingir a aparentemente impossível marca, no GP do Japão de 2003, eis que outro piloto supera o argentino Juan Manuel Fangio, que conseguiu cinco conquistas. Schumacher ainda foi mais além, sagrou-se hepta no ano seguinte. Hamilton tem 34 anos, está na melhor equipe da Fórmula 1, no auge da forma. Até onde poderá chegar?
Eu tenho 39 anos, comecei a acompanhar Fórmula 1 no final dos anos 80, mas me tornei apaixonado mesmo na década seguinte. Para mim, e para todos da minha geração, Fangio era quase inatingível. Havia uma forte expectativa de que Ayrton Senna chegasse a essa marca, especialmente depois de assinar contrato com a Williams, mas todos sabemos o que houve em 1994.
Me lembro bem do dia em que Schumacher igualou o argentino, no GP da França de 2002, em uma temporada que o alemão dominou com o pé nas costas. Parecia inacreditável o que estava acontecendo. É engraçado, mas depois que um piloto quebra uma barreira impossível, o que vem depois parece comum, e não me lembro de ter tido o mesmo impacto quando Hamilton chegou ao penta, no ano passado.
Pois a próxima barreira impossível, a ser quebrada por Hamilton, é justamente a dos sete títulos de Schumacher. Não imaginei que veria isso, principalmente tão cedo. E, sem querer dar uma de vidente, parece certo que vai acontecer muito em breve. E aí sim, é bem possível que eu fique estupefato de novo.
Hamilton caminha a passos largos para ser o maior piloto da história da Fórmula 1, até que surja outro para bater seus números. Não vou arriscar dizer que não vai aparecer, porque fiz isso com Schumacher e me estrepei em pouquíssimo tempo. E, sobre ser o melhor da história, isso pode ser papo para outra coluna, mas para muita gente Lewis já chegou lá. Eu tenho uma visão particular sobre essa coisa de apontar um como o melhor da história, mas, como já disse, fica para outro dia.
O fato é que, melhor ou não, Lewis Hamilton é espetacular demais. Como bem disse o graaaaaaande Adauto Silva, na última edição do Podcast Loucos por Automobilismo, o inglês tem uma capacidade de variar sua tocada que, de fato, o coloca na galeria dos grandes atletas da história. Precisa economizar pneus? Ele sabe como. Ah, agora o negócio é acelerar para valer? Lewis vai lá e empilha voltas mais rápidas. Ultrapassagem? Basta ver o passão por fora em Vettel, na primeira volta do GP dos Estados Unidos. Na chuva então, nem se fala.
Além disso, Hamilton foi o estreante mais impressionante que eu já vi. Sua temporada, em 2007, é absurda, ninguém nunca chegou perto de uma performance como aquela. Nem mesmo o primeiro título, em 2008, teve tanto brilhantismo como a estreia. Depois, vieram anos estranhos, com alguns erros, mas sempre entregando uma performance invejável. Na Mercedes, o que vemos é covardia com os rivais.
Uma coisa que sempre pensei quando Schumacher corria e que penso agora é: como é bom ver o auge desses caras. Somos privilegiados e temos que aproveitar. Vida longa a Lewis Hamilton na Fórmula 1!
A lot has happened in the last 22 years
Dream big, boys and girls 🏆🏆🏆🏆🏆🏆#USGP 🇺🇸 #F1 pic.twitter.com/jk5mBLTi16
— Formula 1 (@F1) November 3, 2019
Bruno Aleixo
São Paulo – SP
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