F1 – Sauber: Equipes grandes têm obrigação de ajudar a cortar custos

sexta-feira, 18 de abril de 2014 às 9:30

Fórmula 1

As equipes grandes da Fórmula 1 deveriam ajudar as menores na luta para manter os custos sob controle, alega Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber.

Uma reunião importante será realizada no dia 1º de maio entre as equipes da Fórmula 1 e a FIA a fim de discutir o futuro depois que a federação abandonou os planos de um teto orçamentário.

Apesar de algumas equipes pequenas terem um futuro incerto se os custos continuarem fora de controle, Kaltenborn acredita que o problema real é a saúde do grid inteiro. É por isso que ela quer que as equipes grandes parem de pensar só em si próprias.

“Como as equipes maiores não enfrentam os desafios que nós das equipes pequenas enfrentamos, elas deveriam defender a categoria”, declarou ela. “Posso imaginar as equipes saudáveis pensando que teriam o mesmo tipo de lucro e exposição se a Fórmula 1 tivesse apenas quatro equipes, ou só equipes A e B – mas creio que isso não funcionaria”.

“Elas deveriam pensar na categoria, mas não só nisso. Em qualquer área de negócios, você quer – por meio de regras ou leis – diversidade e competição saudável. Quer um negócio sustentável que seja governado de modo sustentável. Então, por que a Fórmula 1 deveria ser diferente?”

Kaltenborn apontou um exemplo do futebol, onde Karl-Heinz Rummenigge, CEO do Bayern de Munique, se ofereceu para abrir mão da renda dos direitos da Copa da Alemanha a fim de que ela possa ser compartilhada com os times menores, como o tipo de atitude que as equipes da Fórmula 1 deveriam ter.

E ela está convencida de que um plano de ação precisa ser acertado no dia 1º de maio, porque o tempo para impedir uma grande crise financeira está se esgotando. “Nós já tivemos conversas suficientes. O momento de tomar uma decisão já passou há muito tempo”.

Apesar de a luta para manter os custos da Fórmula 1 sob controle estar sendo impulsionada pelas equipes menores, Kaltenborn avalia que a situação também representa um risco para as competidoras grandes.

“O perigo é que se você está investindo uma quantia astronômica e ainda assim não vencendo, sabendo disso por nossa própria história com uma montadora, em algum ponto o conselho deixará de aprovar isso”, disse ela, referindo-se à decisão da BMW, ex-proprietária da Sauber, de abandonar a Fórmula 1 no final de 2009.

“Ou se você tem uma situação onde alcançou sua meta, o que mais precisa provar? Também precisamos ter cuidado com isso. Pode muito bem acontecer que algumas equipes de ponta, se alcançarem sua meta e provarem o que querem, decidam ir fazer outra coisa. Já aconteceu antes, não seria a primeira vez”.

 

LS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.