Russell mira vitória legítima no GP da Áustria de 2025

Toto Wolff e George Russell – Áustria 2024

George Russell retorna ao Red Bull Ring neste fim de semana com um único objetivo: conquistar uma vitória incontestável no GP da Áustria 2025. Após a performance dominante em Montreal, o britânico da Mercedes quer provar que pode vencer também em Spielberg por mérito próprio.

Relembrando 2024: vitória com gosto de presente

No ano passado, Russell cruzou a linha de chegada como vencedor na Áustria, mas o triunfo veio após um lance polêmico. Até a volta 64 de 71, o piloto estava isolado em terceiro, com mais de 15 segundos de desvantagem para a liderança. No entanto, tudo mudou quando Max Verstappen colidiu com Lando Norris na curva 3. Assim, Russell herdou a vitória — uma situação que ainda é motivo de debate entre fãs e analistas.

Canadá 2025: um desempenho de autoridade

Por outro lado, no GP do Canadá de 2025, a história foi completamente diferente. Russell cravou sua primeira pole position da temporada, superando Verstappen por 0s160. Mais do que isso, o britânico liderou de ponta a ponta, segurando a pressão do piloto da Red Bull com autoridade. Com esse resultado, Russell reduziu a diferença para os pilotos da McLaren na luta pelo campeonato de pilotos.

Suspensão traseira: o trunfo técnico da Mercedes

Enquanto isso, uma peça-chave desse novo momento da Mercedes é a atualização na suspensão traseira. A equipe de Brackley introduziu o pacote técnico em Ímola e seguiu com ele em Mônaco, Barcelona e, mais recentemente, Montreal. Agora, o grande teste será em Spielberg, onde o traçado do Red Bull Ring deve expor os verdadeiros limites do W15.

Além disso, a BBC Sport destaca que a Áustria representa a primeira oportunidade real de avaliar o desempenho da nova suspensão em um circuito historicamente desafiador para a Mercedes.

McLaren no radar: inspiração e aprendizado

Para desenvolver essa atualização, a Mercedes se inspirou no caminho traçado pela McLaren. Observando como os rivais de Woking conseguiram rodar com um rake traseiro extremamente baixo — sem ultrapassar os limites de desgaste da prancha e sem sofrer desclassificações —, a equipe de Brackley seguiu por um caminho semelhante.

O objetivo é claro: criar uma plataforma aerodinâmica mais estável, aumentar a aderência na traseira e, consequentemente, garantir um ganho consistente de downforce.

Condições climáticas: mais um obstáculo pela frente

No entanto, além das questões técnicas, a Mercedes terá que lidar com outro desafio recorrente: o calor extremo. Em Montreal, a equipe conseguiu controlar bem as temperaturas dos pneus traseiros, mesmo com o asfalto chegando aos 50°C. Isso, porém, ocorreu em um traçado com poucas curvas de alta carga lateral.

Por outro lado, no Red Bull Ring, o cenário muda. O circuito austríaco terá temperatura ambiente quente, curvas de raio longo, como o trecho duplo das curvas 6 e 7, além da curva 9, que exige bastante dos pneus. Portanto, o risco de superaquecimento da parte mecânica e a granulação e perda de desempenho dos pneus aumenta consideravelmente.

A hora da verdade: desempenho real ou efeito Canadá?

Agora, resta saber: o desempenho em Montreal foi fruto das características específicas da pista ou realmente o resultado de um avanço técnico concreto da Mercedes?

Além disso, as temperaturas previstas para o fim de semana devem passar dos 50°C, o que adiciona ainda mais pressão sobre Russell e a equipe. Se o carro se comportar bem na Áustria, a Mercedes poderá finalmente afirmar que deu um passo sólido na direção certa.

Por fim, para Russell, o GP da Áustria de 2025 representa a oportunidade perfeita de apagar de vez as dúvidas sobre sua vitória do ano passado e consolidar sua posição como real desafiante ao título mundial