F1 – Russell: Ódio dos fãs de Kubica pode ser doloroso

Robert Kubica e George Russell

O estreante George Russell admitiu que pode ser “um pouco doloroso” receber comentários negativos de alguns fãs de seu companheiro de equipe na Williams, Robert Kubica.

Russell subiu para a Fórmula 1 neste ano após títulos consecutivos na GP3 e Fórmula 2, mas a Williams vem sendo pouco competitiva, com o britânico e Kubica, que retornou à categoria em 2019, tendo uma batalha quase exclusiva no final do grid.

O protegido da Mercedes derrotou Kubica em todas as classificações até agora, enquanto as dificuldades de Kubica vêm provocando sugestões constantes – principalmente na Polônia – de que ele não está recebendo o mesmo tratamento ou equipamento de Russell.

Ao ser questionado se é fácil ignorar essa reação nas mídias sociais, Russell disse ao site Autosport: “É um pouco doloroso que 50% dos comentários em meus posts sejam de ódio dos fãs poloneses, com os outros 50% sendo de apoio completo para mim”.

“Na verdade, eu só me importo de fato com a visão interna que a Williams tem de mim e com o que a Mercedes pensa de mim. Porém, você também quer respeito de fora. Eu não encontrei ninguém que tenha me desrespeitado ou expressado ódio que não seja da Polônia. Portanto, compreendo a situação e só posso esperar que um dia eu tenha fãs tão apaixonados quanto ele”.

Considerando os problemas da Williams, a comparação de Russell com Kubica frequentemente tem sido a única maneira de julgar sua temporada de estreia. Kubica marcou um ponto no caótico e chuvoso GP da Alemanha, mas Russell completou seu domínio na classificação na primeira metade da temporada com o desempenho mais competitivo da Williams na Hungria antes do recesso de verão.

Antes daquilo, Russell afirmou que sua primeira metade de 2019 havia sido “ótima em vários aspectos. Acho que eu fiz um trabalho muito bom em alguns eventos e nem tão bom em outros”, acrescentou ele.

“Contudo, eu não mudaria de modo algum nenhuma experiência porque também aprendi muito com aqueles eventos ruins. As pessoas já me perguntaram o que eu mudaria se pudesse fazer novamente as 10 primeiras corridas sabendo o que eu sei agora. Eu não mudaria nada porque você precisa daquelas experiências para melhorar como pessoa na vida e como piloto”.