F1 – Russell custa “50 milhões a menos” do que Hamilton

George Russell

O desempenho de George Russell no GP de Sakhir deixou Valtteri Bottas sob imensa pressão, mas também é um momento desconfortável para Lewis Hamilton.

Isso porque o mundo da Fórmula 1 está digerindo o fato de que, enquanto o heptacampeão mundial ficou fora com Covid-19, seu substituto Russell se mostrou imediatamente pronto para começar a vencer corridas com o mesmo carro.

É um momento inconveniente para Hamilton, que ainda não renovou seu contrato com a Mercedes para 2021.

“Hamilton quer receber mais, mas a Mercedes viu neste fim de semana que um jovem piloto como Russell também pode fazer o trabalho”, declarou Christijan Albers, ex-piloto de F1, ao De Telegraaf.

Outro ex-piloto, Robert Doornbos, disse ao Ziggo Sport: “As negociações entre Hamilton e Wolff já estavam difíceis. É claro que Toto fez isso de propósito. Ele poderia simplesmente ter colocado o piloto reserva naquele carro, então também foi político”.

“Hamilton está pedindo 50 milhões, enquanto o chefe da Daimler, que agora é um grande fã da F1, quer cortar os gastos da companhia com a categoria. Isso já estava complicando a situação”.

“Eu não sei se Russell é capaz de se tornar um heptacampeão mundial, mas você não pode ignorar que seu salário é de 50 milhões a menos. Isso causará algumas discordâncias entre a Mercedes e Hamilton de qualquer modo, o que é bastante normal em negociações contratuais”.

A mídia especializada também está pressionando após a segunda corrida no Bahrain, com Carlos Miguel, correspondente do Marca, sugerindo em uma carta aberta que o CEO da Daimler, Ola Kallenius, deveria aproveitar a oportunidade para cortar custos.

“Os números que Hamilton está pedindo são absolutamente desnecessários em meio a uma crise econômica”, escreveu ele no jornal espanhol. “Não há nenhum piloto nas circunstâncias atuais que mereça 70 milhões de euros por ano, que é o que nós estamos ouvindo”.

Além disso, Miguel aponta que mesmo se Hamilton extrair alguns décimos a mais do que Russell ou Bottas, a superioridade do carro torna isso desnecessário.

“Eu sei que a tentação é sempre manter o campeão, mas não deveria ser a qualquer custo”, concluiu ele.

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