F1 – Russel na Mercedes, Bottas na Red Bull e Vettel em casa?

segunda-feira, 25 de maio de 2020 às 19:37

Sebastian Vettel e Lewis Hamilton

Por: Adauto Silva

De acordo com as minhas fontes, existe a possibilidade dos Prateados não renovarem com Bottas para 2021.

A Mercedes o considera um excelente piloto, mas já está provado que ele não consegue desafiar Lewis Hamilton em bases constantes, apesar de andar muito próximo do multicampeão. A média histórica que a equipe tem entre seus dois pilotos atuais é que Hamilton é pouco mais de 1 décimo (0.140s) por volta mais rápido que Bottas em corrida (no seco) e ambos cometem muito poucos erros.

Se Hamilton cometesse um pouco mais de erros Bottas teria chances contra ele, mesmo sendo pouco mais de 1 décimo por volta mais lento. Mas o problema é que Hamilton praticamente não comete erros e somado aos 0.140s que Lewis é mais rápido em média, isso tira as chances do finlandês.

A equipe gosta muito de Bottas porque, além das qualidades expostas acima, ele é um piloto inteligente, educado e se integrou muito bem – acima das expectativas – com todos lá dentro.

Mas os Prateados vem sendo pressionados pela imprensa e até por fãs a colocar um piloto com potencial mais “ardente” como companheiro de Hamilton, alguém que em termos mercadológicos seria a ‘bomba’ atual ou pelo menos num futuro próximo para desafiar Hamilton.

Atualmente a Mercedes tem duas opções para isso. Sebastian Vettel ou George Russel.

Vettel é um multicampeão que vem duelando contra Hamilton há muitos anos e tem grande torcida. Sebastian vem sendo vinculado ao fabricante alemão, com o ex-supremo da F1 Bernie Ecclestone afirmando que uma parceria Hamilton-Vettel na equipe dominante da F1 formaria uma ‘super equipe’.

Em termos de marketing eu concordo que seria espetacular para a F1.

O problema é que não se sabe se a Mercedes sequer conversou com Vettel depois de sua saída anunciada da Ferrari no final desta temporada. E muitos insiders da F1 não tem certeza se Vettel toparia o desafio supremo de ser companheiro de equipe de Hamilton, inclusive esse que escreve essas linhas.

E ainda tem o problema do salário. Hamilton ganha um salário espantoso de 40 milhões de libras por ano, é o esportista mais rico do Reino Unido. Se a Mercedes quisesse trazer Vettel e não dar qualquer impressão que Hamilton continuaria sendo o primeiro piloto, eles teriam que oferecer um salário equivalente a Vettel, que afinal é um tetracampeão mundial, não um piloto jovem com potencial. E isso em termos da depressão econômica que o mundo já está entrando, parece muitíssimo improvável, para não dizer impossível.

Portanto a entrada de George Russel numa eventual saída de Bottas é muito mais realista. Russel é o melhor dos jovens pilotos que a Mercedes já teve, tem grande respeito da equipe pelos testes que realizou com a Mercedes e tem um ótimo apelo comercial entre os fãs da F1. A Mercedes também diz que ele é muito inteligente, focado e tem sangue nos olhos.

George Russel e Lewis Hamilton

Quanto a Bottas, além do contato que ele já fez com a equipe Renault sobre a vaga aberta com a saída anunciada de Daniel Ricciardo para a McLaren no final deste ano, soube-se agora que ele também está mantendo contato com a Red Bull.

Sim, a Red Bull já tem o fenômeno Verstappen e Alex Albon sob contrato. Mas, enquanto o contrato de Verstappen é de múltiplos anos, o de Albon é só para este ano. Se Albon não conseguir andar perto de Verstappen e marcar muitos pontos para a equipe – como Bottas faz na Mercedes – existe uma enorme chance da equipe o trocá-lo para 2021.

E suas opções ‘dentro de casa’ são fracas. Tanto Gasly como Kvyat já foram e voltaram. A equipe não confia que algum deles possa andar perto o suficiente de Verstappen.

Por outro lado, Bottas prova há anos que pode sim andar perto de Hamilton, quase não comete erros, é fácil de lidar e é um ‘grande marcador de pontos’.

Portanto, eu não me surpreenderia nem um pouco se em 2021 nós tivermos a dupla Lewis Hamilton e George Russel na Mercedes e Max Verstappen e Valtteri Bottas na Red Bull.

E Vettel? Se eu fosse ele não me arriscaria contra Hamilton no mesmo carro, nem iria para uma equipe sem chances de vencer. Preferiria me aposentar.

É melhor ir pra casa e deixar algumas pessoas acharem que você é mais lento, do que sentar lá e acabar com a dúvida.

Mas eu não sou ele…

Adauto Silva
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