F1 – Rubens Barrichello torna-se o piloto com mais GPs na Formula 1
quarta-feira, 24 de novembro de 2010 às 22:04![]() |
Nome: Rubens Barrichello. Nascimento: 23 de maio de 1972, em São Paulo (BRA). Equipe: Ferrari (F-1). Títulos: Bicampeão Brasileiro (1983 e 84) e Paulista (1983 e 85) de Kart; Campeão de F-GM Lotus (1990); Campeão de F-3 Inglesa (1991)
Rubens Barrichello entra definitivamente para a história da Fórmula 1 no dia 11 de maio de 2008. Após largar no GP da Turquia, a quinta etapa da temporada, o veterano brasileiro se torna o piloto com maior número de participações na história da categoria: 257 GPs, superando a antiga marca de 256 alcançada por Riccardo Patrese, em 1993.
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Após um desempenho bem sucedido nas categorias de base do automobilismo, Rubinho estreou na Fórmula 1 em 1993, pela Jordan. Algumas boas atuações e um desempenho soberbo na chuva de Donington Park, em sua terceira prova na categoria, começaram a abrir os olhos dos dirigentes das grandes equipes. Em 94, veio o seu primeiro pódio na categoria, em Aida, no Japão, a primeira pole position, na Bélgica, e a sexta posição na classificação geral. 1995 foi um ano difícil, já que caía sobre o jovem piloto a sombra do tricampeão Ayrton Senna da Silva. Uma segunda posição no Canadá foi a única boa lembrança que ficou daquele ano. Em 1996, apenas a primeira fila no GP do Brasil merece destaque.
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Em 1997, Rubens Barrichello mudou de casa. Sem futuro na Jordan e cansado de esperar por uma oferta da Ferrari, da McLaren, da Williams ou da Benetton, o brasileiro decidiu aceitar o desafio de guiar por uma equipe estreante: a Stewart, liderada pelo tricampeão Jackie Stewart. No primeiro ano, apesar de uma série de quebras, Rubinho conseguiu uma segunda colocação nas tradicionais ruas de Mônaco. Em 98, o seu pior ano na categoria: apenas quatro pontos conquistados. No ano seguinte, a ressurreição de Barrichello como piloto: vários pódios, uma pole position e a liderança no GP do Brasil fizeram com que ele se tornasse o piloto do momento. O prêmio: uma vaga na Ferrari, a equipe mais tradicional da Fórmula 1.
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No ano 2000, um bom desempenho acabou premiando Rubinho com uma fantástica vitória no GP da Alemanha. Largando na 18ª posição, o piloto da Ferrari foi deixando os adversários para trás. Na parte final da prova, começou a chover e, mesmo com pneus para pista seca, conseguiu administrar a liderança até o final. De resto, uma pole position na Inglaterra, alguns pódios e a quarta posição no campeonato.
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Em 2001, a Ferrari começou a consolidar a sua hegemonia na Fórmula 1. Mesmo assim, Rubinho não teve uma boa temporada. Tudo o que ele pôde comemorar foram alguns pódios e a terceira posição no campeonato. As vitórias não vieram.
Em 2002, a supremacia da Ferrari era avassaladora. Em praticamente todas as provas, a escuderia de Maranello fez dobradinha, bastando escolher qual dos dois pilotos venceria. Rubens Barrichello foi vice-campeão, com quatro vitórias (Europa, Hungria, Itália e Estados Unidos). A corrida da Áustria também deveria engrossar essa lista, mas uma atitude prepotente da Ferrari fez com que a vitória fosse entregue de bandeja pelo brasileiro ao seu companheiro de equipe.
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No ano de 2003, os italianos sofreram uma forte concorrência, e o título foi dificultado ao máximo. Em vários momentos da temporada, Rubinho andou mais rápido do que seu companheiro de equipe. Duas vitórias incontestáveis, na Inglaterra e no Japão, demonstram toda a habilidade do piloto brasileiro. Em 2004, a Ferrari voltou a exercer o domínio de 2002. Mais uma vez, Rubens Barrichello foi o vice-campeão, desta feita com duas vitórias, na Itália e na China. No ano seguinte, com uma Ferrari mais enfraquecida devido à proibição das trocas de pneus, o brasileiro conseguiu apenas dois segundos e dois terceiros lugares como melhores resultados.
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Em 2006, Rubens estreou na Honda, buscando mais liberdade para buscar vitórias e, quem sabe, um título inédito. Em seu primeiro ano, devido ao natural período de adaptação, o brasileiro somou 30 pontos, tendo dois quarto lugares como melhores resultados. No ano passado, com a montadora japonesa errando a mão e construindo um carro sofrível, Rubinho não marcou nenhum ponto, apesar de ter ficado muito perto do pódio no Canadá, quando a equipe errou na estratégia.
Em 2008, Rubens Barrichello entra em seu terceiro ano na equipe japonesa. O contrato vai apenas até o final do ano, mas a meta do piloto agora, além de melhorar os resultados obtidos nos últimos anos, é ficar por mais algum tempo na Fórmula 1, talvez até alcançar 300 GPs. Uma marca ousada, mas quem dúvida que possa ser alcançada?
Eduardo Behling
www.autoracing.com.br
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