F1 – Ross Brawn fala sobre o problema das ultrapassagens

GP da Austrália de 2018

O diretor-executivo de automobilismo da Fórmula 1, Ross Brawn, diz que vai demorar até 2021 para o esporte enfrentar adequadamente seu problema de poucas ultrapassagens.

Vários pilotos de F1 queixaram-se da dificuldade de ultrapassagens na F1 este ano, depois de uma queda de 47% no número delas na primeira corrida de 2018, o GP da Austrália.

Brawn chamou a ultrapassagem de “ingrediente vital” que faltou na corrida de abertura da temporada de ontem em Melbourne. “Realmente houve muito poucas ultrapassagens”, disse ele.

“É vital que os carros sejam capazes de se aproximar um do outro para poderem disputar roda a roda. Quando há apenas uma pequena diferença de velocidade entre dois carros, é quase impossível para o perseguidor chegar perto o suficiente para realizar um ataque.”

“Vimos isso ontem com Hamilton e Vettel, Verstappen e Magnussen e novamente com o holandês e Alonso e com Ricciardo e Raikkonen. Pense na quantidade de disputas roda a roda que perdemos. E, pela primeira vez, tivemos uma terceira zona de DRS especificamente para aumentar as chances de ultrapassagem.”

Brawn disse que a F1 precisa de “uma abordagem estruturada para o problema” de como melhorar a qualidade das corridas.

“Um dos nossos objetivos, que estamos vendo com a FIA e as equipes, é que para 2021, queremos ter carros que permitam que os pilotos realmente lutem uns contra os outros na pista.”

“Para isso, a FIA e a F1 estão realizando um programa de pesquisa aerodinâmica com dois modelos de carros, tanto no túnel de vento quanto no uso de CFD. Precisamos desenvolver um projeto de carro que atinja o nível de desempenho que vemos agora, mas permita a ação roda a roda.”

“Os fãs da F1 querem ver um show melhor e a ultrapassagem é o elemento mais emocionante e espetacular que você pode ter na pista. Toda a comunidade da Formula 1 deve fazer um esforço para satisfazer essa necessidade, porque os fãs são o nosso maior trunfo.”

Nota do Editor: Para o Autoracing, a volta do efeito solo seria a melhor solução para o problema, sob todos os aspectos.