F1 – Renault vai decidir seu futuro ao final de 2015

domingo, 14 de junho de 2015 às 14:22

Cyril Abiteboul

A Renault vai decidir até o final deste ano o seu futuro na Fórmula 1 após 2016, quando acaba o seu contrato para fornecimento de motores com a Red Bull e a Toro Rosso. A fabricante francesa poderá seguir como está, voltar a ter equipe própria ou até abandonar a categoria devido aos maus resultados e problemas neste ano.

“A Red Bull quer ter a confiança de que temos a capacidade de recuperar o atraso, e do nosso lado, precisamos da certeza de que podemos alcançar isso”, disse Cyril Abiteboul, diretor de esportes da Renault, ao site Autosport.

“Também precisamos ter confiança no valor do esporte e desta parceria. Isso é algo que é construído ao longo do tempo. Não há pressa. Mas eu imagino que eles vão querer saber em algum momento o que haverá entre a caixa de câmbio e o tanque de combustível do seu carro em 2017. Eu sei que este é o tipo de organização que se começa a desenhar cedo. Eu imagino que em algum momento, em 2015, eles vão querer saber o que estará acontecendo em 2017”, prosseguiu ele.

A Renault poderá adquirir uma das atuais equipes da F1, como Toro Rosso, Lotus ou Manor, ou mesmo deixar a categoria caso as regras de motores não mudem. “Neste momento, a melhor coisa que podemos fazer por nossa própria situação é assumir que vamos continuar como estamos, fornecedores de motores e eles (Red Bull) como um cliente da Renault”, afirmou Abiteboul.

“Isso nos dará a melhor chance de sucesso rápido para a organização conjunta, mas em paralelo, trabalhamos também para o futuro. Pode ser um futuro diferente para eles, para nós, mas de qualquer maneira não há futuro se não tivermos um motor competitivo”, declarou o dirigente, que aposta que sua empresa ainda poderá alcançar a dominante Mercedes.

“O ponto de interrogação em torno da nossa própria equipe, ou um acerto diferente com a Red Bull Racing, não é um dos recursos, mas será se não formos capazes de resolver a situação”, acrescentou Abiteboul. “O negócio é completamente diferente quando você tem sua própria equipe, pois você é capaz de obter algum rendimento comercial dos patrocinadores, da FOM, de merchandising e assim por diante”.

“Nós fomos uma equipe no passado, então nós sabemos muito bem o que custa, mas também como você pode estruturá-la. E se você olhar para a Mercedes, eles estão gastando muito menos no funcionamento de sua equipe do que no motor, de modo que já temos o maior elemento que a Mercedes tem. Precisamos equilibrar o benefício adicional de ser uma equipe contra o custo extra de ser uma equipe. Mas isso não é algo que é nosso foco, porque a primeira coisa que queremos produzir é motores, mas há negócio em ser uma equipe”, concluiu.

EB - www.autoracing.com.br

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