F1 – Renault: Quatro corridas em 2020 seria pior do que nenhuma

sábado, 16 de maio de 2020 às 13:00

Cyril Abiteboul

Só conseguir correr algumas vezes em 2020 seria o “pior” resultado para as equipes em dificuldades da Fórmula 1.

Esta é a opinião de Cyril Abiteboul, o chefe da equipe Renault, que diz à revista Auto Motor und Sport da Alemanha que o projeto de F1 da marca francesa “não está à beira do precipício”, no meio da crise do coronavírus. “Estamos adaptando a nossa estratégia em conformidade”, afirmou.

A F1 conseguir pôr a temporada para funcionar a partir de julho é crucial, admitiu o francês. “Se queremos manter baixos os custos para as equipes e fabricantes, temos que proteger as receitas. Só o podemos fazer com corridas”, disse Abiteboul.

“O pior de um ponto de vista econômico seria se fizéssemos uma, duas, três ou quatro corridas e depois parássemos. Se não conseguirmos criar as condições para uma temporada, seria melhor não começar”, opinou ele.

A F1 está planejando as primeiras “corridas fantasmas” sem espectadores para a Áustria, mas as conversações sobre a próxima parada em Silverstone estão atualmente numa fase delicada.

Abiteboul insistiu: “Precisamos de uma temporada razoável de 14, 15 corridas para gerar receitas suficientes para cobrir os custos das corridas. Não penso que seja uma questão de sobrevivência para a Fórmula 1 enquanto tal. É uma questão de saber quantas equipes vão sobreviver à crise”.

Estão também em curso conversações sobre a redução do limite orçamental de 175 milhões de dólares para 2021, com a Ferrari, por um lado, pressionando para o manter elevado, enquanto a McLaren defende um limite tão baixo como 100 milhões de dólares.

“Penso que as duas partes que mencionou sabem que cada uma delas tem posições extremas. Estamos sentados no meio”, declarou o chefe da equipe Renault.

Abiteboul insiste na necessidade de uma maior redução de custos. “Vimos mesmo que o promotor contraiu recentemente um empréstimo para reestruturar as suas finanças e tornar o negócio mais robusto, o que mostra que todos estão em risco”, comentou.

“Os construtores parecem ser um pouco mais importantes para a estrutura básica do esporte porque abastecem as equipes privadas com peças como o motor e a transmissão. Os construtores também apoiam largamente a carreira dos jovens pilotos e vemos que alguns patrocinadores anunciaram que vão deixar de financiá-los”, explicou.

“Se perdermos agora as fabricantes, será mais um golpe. Como esporte, devemos tentar sair da crise com as mesmas dez equipes com que entramos na crise”, acrescentou Abiteboul.

Reiterou que a equipe baseada em Enstone tem atualmente o apoio da direção da Renault. “Sim, estamos em contato regular, embora obviamente a direção tenha muito a ver com esta crise. Mas eles compreendem a situação em que nos encontramos”, concluiu.

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