F1 – Renault: Decisão do motor deixou a Red Bull “exposta”

quarta-feira, 27 de abril de 2016 às 16:15
Red Bull

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A decisão da Red Bull de continuar sendo uma equipe independente ao invés de construir seu próprio motor de Fórmula 1 a deixou “exposta”, de acordo com sua fornecedora atual Renault.

As dificuldades que a equipe vem enfrentando na era dos motores V6 híbridos fizeram com que tentasse fechar um acordo de fornecimento com Mercedes, Ferrari e Honda, mas ela acabou renegociando seu contrato com a Renault.

No mês passado, Helmut Marko, consultor de automobilismo da Red Bull, admitiu que a companhia de bebidas energéticas considerou a possibilidade de construir seu próprio motor, mas decidiu que o projeto seria complexo demais.

Cyril Abiteboul, diretor de gerenciamento da Renault, declarou ao site Autosport: “Esta situação vem causando muita frustração (para a Red Bull)”.

“Acho que a Red Bull percebeu como estava frágil e exposta à performance – ou falta de performance – de uma fornecedora de motor. Isso é algo que está fora de sua alçada, porque eles decidiram ser uma equipe independente sem construir seu próprio motor, o que é uma responsabilidade”.

“Eles poderiam gastar um pouco do dinheiro que recebem da FOM no desenvolvimento de um motor, mas decidiram investir no chassi e no desenvolvimento de pilotos. É por isso que são tão fortes nessas duas áreas, mas estão expostos. É o lado negativo de sua estratégia”.

Christian Horner, chefe da Red Bull, expressou sua frustração com o fato das quatro fabricantes de motores da F1 não terem encontrado uma solução para os custos, o fornecimento e a convergência de performance, acusando-as de atrasar deliberadamente as coisas para deixar o prazo de 30 de abril se esgotar.

Com Horner sentindo que é inevitável que o conceito de um motor independente volte a ser colocado na mesa, Abiteboul diz que pode entender seu raciocínio.

“O que a Red Bull quer, como todos, é um motor competitivo”, afirmou Abiteboul. “Portanto, se ele tem a confiança de que haverá um motor competitivo disponível – de uma montadora ou de uma fonte independente – tenho certeza que ficará feliz”.

“Mas estou certo de que se uma montadora, até mesmo uma francesa – e nós tivemos anos de muito sucesso juntos – for capaz de fornecer um motor competitivo, é algo que poderia ser aceitável para eles no futuro”.

“O que eles querem é ser competitivos. Sua única meta é a competitividade, não amanhã ou depois, mas agora. Então, qualquer coisa que lhes dê essa possibilidade seria bem-vinda, incluindo um motor da FIA”.

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