F1 – Queda da audiência televisiva não preocupa Ecclestone

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015 às 9:31

Fórmula 1

A audiência televisiva e as grandes montadoras automotivas poderiam parecer ingredientes indispensáveis para Bernie Ecclestone.

Entretanto, a Fórmula 1 perdeu nada menos do que 25 milhões de telespectadores no ano passado, mas o chefe executivo da categoria insiste que não está preocupado porque isso “reflete a mudança que a FOM fez rumo à TV paga em vários mercados nas últimas três temporadas”.

Um exemplo é a situação na Grã-Bretanha, onde agora apenas alguns GPs são transmitidos abertamente pela BBC e o canal pago Sky possui os direitos exclusivos. Esse modelo já foi adotado em outros mercados importantes.

Outra mudança fundamental também pode estar ocorrendo na mente de Ecclestone no que diz respeito à estrutura do grid, que atualmente é dominado pela gigante alemã Mercedes.

Ralf Bach, correspondente da Sport Bild e do TZ Munchen, alega que o britânico vê os carros comprados como o futuro da Fórmula 1. Escrevendo em seu blog F1-insider.com, Bach revelou: “Em janeiro, Ecclestone se reuniu com Dietrich Mateschitz em Salzburgo para discutir o tópico dos carros comprados”.

Bach disse que, mesmo com a possibilidade de alguns dos participantes mais importantes da categoria, como a Mercedes, não concordarem, Ecclestone não vai necessariamente se importar nem mesmo se a marca alemã sair.

Além disso, Ecclestone também pode estar feliz com o fato da Volkswagen estar se mantendo afastada da Fórmula 1 no momento, já que comenta-se que seu patriarca Ferdinand Piech não é um fã do reinado de Ecclestone.

Nesta semana, em uma conversa com o jornalista italiano Leo Turrini, Flavio Briatore revelou que tem as mesmas visões de seu amigo e aliado Ecclestone para o futuro da categoria.

“O erro trágico foi a escolha deste tipo de motor (V6 turbo)”, declarou o ex-chefe da Renault. “Com o barulho, eles acabaram com a empolgação e a substituíram pela tecnologia, o que não interessa ao público. Acrescente o fato dessas unidades de potência serem caras e o círculo se fecha”.

“Eu mantenho a opinião de que a Fórmula 1 deveria ser um campeonato para pilotos, e não para construtores. Não apoio a ideia de um campeonato monomarca, mas se você introduz uma tecnologia que dá uma vantagem enorme a alguém como a Mercedes, o interesse básico na Fórmula 1 diminui”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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