F1 – Punições de grid à vista para muitos pilotos

quarta-feira, 21 de agosto de 2019 às 2:49

Fórmula 1

À medida que a Formula 1 se aproxima da 13ª corrida da temporada, o GP da Bélgica, vários pilotos correm o risco de enfrentar punições de grid no final do ano por exceder a alocação de sua unidade de potência.

Apesar de as equipes movidas pela Mercedes parecerem seguras em termos de componentes do motor, alguns desses pilotos podem enfrentar problemas com as alocações de UPs nos estágios finais da temporada.

Os regulamentos para a UP foram ainda mais rigorosos para este ano em comparação com as temporadas anteriores. A cada piloto é permitido três motores de combustão interna, MGU-Hs e turbocompressores, e apenas duas baterias, centrais eletrônicas e MGU-Ks. Sob o atual regulamento desportivo, os pilotos são punidos se excederem a alocação dos componentes da UP.

A última corrida antes das férias de verão, o GP da Hungria, marcou o 12º fim de semana de corridas da temporada de 2019. O estado atual das alocações da unidade de potência para o grid indicou que será difícil para vários pilotos completar a temporada sem colocar elementos adicionais de UP.

Sebastian Vettel, Max Verstappen, Daniel Ricciardo, Nico Hulkenberg, Carlos Saiz, Lando Norris, Antonio Giovinazzi, Alexander Albon, Daniil Kvyat, George Russell e Kevin Magnussen já ultrapassaram suas alocações, levando a diferentes punições de grid. No entanto, alguns deles foram escolhas táticas para dar aos pilotos liberdade na segunda metade da temporada.

A punição de Sebastian Vettel durante o fim-de-semana do GP da Alemanha foi um dos movimentos inspirados taticamente. Após os problemas com o motor no início da classificação, que obrigou o tetracampeão mundial a não completá-la, a Ferrari decidiu instalar uma nova central eletrônica no SF90, já que ele estava na bolha deste componente da UP. Como ele não conseguiu marcar nenhum tempo na sessão e teve que alinhar em P20 no grid, sua punição não mudou sua posição de largada.

Veja a situação de cada piloto antes de Spa

A Mercedes perdeu a hegemonia de potência de motor para a Ferrari, mas continua a dominar o esporte em termos de confiabilidade da UP. Mesmo que Valtteri Bottas tenha tido problemas na Hungria e sua equipe tenha instalado uma nova central eletrônica e bateria no Mercedes W10 do finlandês, o fabricante alemão está se destacando com suas UPs confiáveis. Seus clientes, Racing Point e Williams também usaram menos elementos da UP do que seus rivais.

Ainda assim, a UP Mercedes é a que mais sofre com temperaturas ambientes altas, como vimos na Áustria, quando todos os carros movidos pela UP da empresa alemã – especialmente os da equipe de fábrica devido a aerodinâmica de seu carro – tiveram que diminuir a potência para que pudessem completar a corrida.

A Ferrari teve problemas com a central eletrônica, forçando a equipe italiana a introduzir novas unidades no início da temporada. É bem possível ver alguns dos carros movidos pela UP Ferrari excedendo suas alocações na fase final da temporada. A Renault tem tido problemas com motores de diferentes naturezas até o momento, o que forçou tanto a equipe de fábrica quanto a McLaren a assumir elementos adicionais e cumprir punições. Apesar de ter feito melhorias significativas em termos de confiabilidade, a Honda também experimentou alguns problemas, especialmente na Toro Rosso, que de maneira geral é usada como uma espécie de cobaia para a Honda poder testar algo antes de colocar na Red Bull.

O GP do Canadá foi o primeiro grande cenário para a introdução de novos componentes das UPs nas últimas temporadas. A localização da corrida no calendário e a sensibilidade à potência do circuito “quase de rua” de Montreal significa que as equipes geralmente escolhem o Canadá para introduzir a primeira atualização de motor.

Este ano não houve mudanças nessa tendência, com vários fabricantes de motores tendo debutado suas UPs atualizadas na sétima corrida da temporada. Esta primeira etapa significativa de desenvolvimento girou em torno do motor de combustão interna, do turbocompressor e do MGU-H. A Ferrari foi a única fabricante a dividir a introdução de sua primeira atualização de motor. A marca italiana estreou um novo motor de combustão na primeira corrida europeia, o GP da Espanha, para tornar esse desenvolvimento completo com um novo turbocompressor modificado no Canadá.

Como nos anos anteriores, na primeira corrida após as férias de verão, espera-se que o GP da Bélgica na belíssima Spa-Francorchamps se transforme em um festival de UPs de segunda ou terceira especificação.

AS - www.autoracing.com.br

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