F1 – Preview dos pneus: Grande Prêmio do Brasil

O Grande Prêmio do Brasil, disputado no intenso anfiteatro do Circuito de Interlagos, marca as últimas aparições na temporada dos pneus P Zero Branco médio e P Zero Amarelo macio, que foram nomeados junto com o P Zero Vermelho supermacio para o próximo fim de semana. É uma corrida onde tudo pode acontecer, tanto em termos de clima como de ação na pista. O Brasil é um dos mercados mais importantes para a Pirelli no mundo, com três grandes fábricas produzindo pneus que equipam cerca de metade dos carros que circulam nas ruas e estradas brasileiras.

O CIRCUITO DO PONTO DE VISTA DO PNEU

A nomeação para o Brasil foi a mesma do ano passado. Mas na verdade, ela é um estágio mais macia, uma vez que os pneus de 2018 são um degrau mais macios em relação aos de 2017.

O Brasil tem a terceira volta mais curta do ano, atrás apenas de Mônaco e do México, com 4,309 quilômetros. Isso significa que os pneus estão sempre trabalhando, com uma sequência quase ininterruptas de curvas e muito tráfego.

Em termos de clima, essa é talvez a corrida mais imprevisível do calendário. No passado já vimos tanto recordes de temperatura de pista como chuvas torrenciais.

O pneu traseiro direito é o mais exigido, graças ao layout anti-horário. Os pneus são submetidos a curvas rápidas e forças combinadas. Essas altas cargas de energia são o motivo da nomeação dos pneus pender para compostos mais duros.

A estratégia vencedora no ano passado foi de uma parada, começando com o supermacio e terminando com o macio. Alguns pilotos chegaram a fazer duas paradas. Este ano, o foco das equipes deve ser em apenas uma parada.

Mario Isola, gerente mundial de Motorsport da Pirelli: “Não esperamos nada muito diferente do que já vimos no Brasil nos últimos anos. A única novidade é que estamos trazendo uma nomeação um degrau mais macia. Os atuais médios e macios são equivalentes, respectivamente, aos macios e supermacios do ano passado. Já o supermacio deste ano, o pneu mais macio que selecionamos para este fim de semana, é similar ao ultramacio de 2017, que não veio para o Brasil na ocasião. Assim, esse pneu está efetivamente fazendo sua estreia em Interlagos. Lidar com o tráfego e correr fora da linha são sempre importante aspectos para administrar a corrida no Brasil. Devido as altas cargas de energia gerada pelas curvas velozes e a temperatura possivelmente alta, a degradação será outro fator para ser levado em conta, apesar de não esperarmos que ela seja excessiva em circunstâncias normais.”

O QUE HÁ DE NOVO?

O brasileiro Enzo Fittipaldi, neto do bicampeão Emerson Fittipaldi, venceu recentemente o Campeonato Italiano de Fórmula 4, que corre com pneus Pirelli.

A pilota colombiana Tatiana Calderon completou 23 voltas no Autódromo Hermanos Rodrigues, em uma demonstração dos pneus Pirelli após o Grande Prêmio do México, sucedendo Susie Wolff como a última mulher a pilotar um carro contemporâneo de F1.

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