F1 – Pressões mais altas podem estar prejudicando a Ferrari

Ferrari

A Ferrari precisa compreender “rapidamente” suas dificuldades no GP da França a fim de ser competitiva em 2022.

Essa é a admissão dos pilotos da equipe italiana e também do chefe Mattia Binotto depois dos seis carros com motor Ferrari não terem conseguido marcar um único ponto em Paul Ricard.

“Algo deu errado”, declarou Binotto ao Gazzetta dello Sport.

Segundo o jornal finlandês Iltalehti, o resultado de domingo foi desastroso para a lendária marca de Maranello.

“Sem nenhum ponto, a centelha de esperança das últimas corridas se apagou. Enzo Ferrari, que morreu 33 anos atrás, iria se revirar no túmulo se alguém lhe dissesse que seu carro chegaria atrás de Williams e Alpha Tauri”.

Apesar de Alfa Romeo e Haas, impulsionadas pela Ferrari, também terem enfrentado dificuldades, Binotto acha que o problema pode estar mais relacionado aos pneus do que simplesmente ao motor.

“Nós tivemos granulação, então precisamos entender se foi uma questão de superaquecimento dos pneus”, disse ele.

Ao ser questionado se a decisão da Pirelli de aumentar as pressões poderia ser a razão, o italiano respondeu: “Poderia ser o caso, mas nós teremos de analisar isso”.

Carlos Sainz disse a repórteres imediatamente após a prova: “Honestamente, eu venho sofrendo com o ritmo de corrida desde o Bahrain. Nós precisamos compreender a causa rapidamente”.

De fato, apesar da Ferrari agora estar focada principalmente no projeto do novo carro de 2022, Charles Leclerc – 16º colocado – acha que entender os problemas atuais também é importante para o próximo ano.

“Eu tentei de tudo, mas nós consumimos os pneus muito rapidamente”, explicou ele. “Não conseguiremos resolver o problema a curto prazo, mas precisamos melhorar neste ano para compreender os motivos e sermos competitivos no próximo”.