F1 – Pneus médios e macios foram os escolhidos para Spa

sexta-feira, 21 de agosto de 2015 às 8:00

Paul Hembery

A segunda metade da temporada 2015 da Fórmula 1 começa com a corrida mais épica do calendário. Spa-Francorchamps é caracterizada por sua longa volta de 7 quilômetros, altas velocidades, mudanças radicais de elevação da pista, curvas rápidas e clima variável. Para lidar com todas essas exigências, a Pirelli escolheu os dois tipos de compostos mais versáteis, o P Zero Médio branco e o P Zero Amarelo macio, a combinação mais frequente de todas as corridas já realizadas neste ano. O Cinturato intermediário e os pneus de chuva também são, normalmente, usados em algum momento durante os fins de semana de corrida em Spa, graças ao microclima típico da região.

Paul Hembery, diretor de motorsport da Pirelli: “Nesta etapa, nós temos a mesma escolha de compostos que tivemos em Hungaroring – que acabou sendo uma das corridas mais emocionantes da temporada. Porém, os dois circuitos têm características bem diferentes. Enquanto a pista da Hungria é estreita e sinuosa, Spa é larga e muito veloz, o que a torna uma das favoritas da maioria dos pilotos. Aqui, nós temos altas cargas de energia aplicadas sobre diferentes áreas dos pneus. No entanto, como o clima deve estar bastante frio, os compostos médio e macio devem resultar no melhor conjunto desempenho/durabilidade. Spa é, sem dúvida alguma, uma corrida onde tudo pode acontecer. A alta probabilidade de mudança de clima e de entradas do Safety Car tornam o trabalho de estratégia das equipes ainda mais importante. Também por isso, os times devem estar atentos às possíveis mudanças no clima ou na pista, para conseguirem reagir rapidamente em alguma situação. A última 24 Horas de Spa – que é o nosso evento mais importante do ano – teve mais mudanças de líderes do que você possa imaginar, além de vários acidentes e entradas do Safety Car, antes mesmo da metade da prova. Isso mostra o quão espetacular e imprevisível uma etapa pode ser neste circuito.”

Os maiores desafios para os pneus

Saber administrar as forças aplicadas aos pneus é um dos segredos para o sucesso em Spa. Isso significa que não apenas as aplicadas normalmente nas curvas, nas freadas e nas retomadas de aceleração devem ser consideradas. Mas, também, aquelas que são geradas pelas grandes mudanças de elevação, como, por exemplo, no trecho compreendido entre a Eau Rouge e Raidillon – no qual a estrutura do pneu recebe uma carga de pressão de 1G, sem comparações.

Mas a maior dificuldade de todas é mesmo a variação do clima. Em Spa, é possível que ocorram diferentes situações de uma volta para outra e, ainda, em apenas um trecho específico do circuito. Ou seja, uma parte da pista pode estar completamente seca, enquanto a outra está totalmente molhada. Isso dificulta, e muito, a definição do tipo de pneu que deve ser usado. Além disso, a drenagem pode ser mais um problema: de repente, os pilotos podem encontrar um fluxo de água passando pela pista.

O pneu médio possui um composto que trabalha em uma margem muito reduzida, capaz de fornecer uma ótima performance em diferentes faixas de temperaturas baixas – exatamente o que ocorre regularmente em Spa. Por outro lado, o pneu com composto macio possui uma alta margem de trabalho, o que é ideal para temperaturas mais altas.

A estratégia vencedora em Spa no ano passado: Daniel Ricciardo venceu sua segunda corrida consecutiva pela Red Bull (a terceira em sua carreira) usando uma estratégia de duas paradas, em uma corrida de 44 voltas, na qual ele largou da 5a posição do grid. Os primeiros dois trechos Ricciardo fez com pneus macios e o último com os médios, tendo parado nas voltas 11 e 26. O piloto australiano ainda fez a volta mais rápida da corrida, justamente a 44ª e última, comprovando a consistência do composto, mesmo no fim da corrida.

Expectativa de performance entre os dois compostos: entre 1s8 e 2s por volta.

O número escolhido pela equipe Pirelli nesta corrida: #7, é a escolha de Anthony Peacock, assessor de comunicação na Fórmula 1. “Além de ser o do carro de Kimi Räikkönen, é um algarismo que tradicionalmente é chamado de ‘número da sorte’ ou importante: o James Bond, por exemplo, é o 007; existem sete oceanos, a Branca de Neve tem os Sete Anões, existem as Sete Maravilhas do Mundo, bem como são sete os Pecados Capitais. De quebra, o 7 aparece três vezes na minha data de aniversário.”

EB - www.autoracing.com.br

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