F1 planeja ampliar número de corridas sprint até 2027

sexta-feira, 12 de setembro de 2025 às 16:40

Sprint na Bélgica

Formato sprint ganha espaço no calendário

A Fórmula 1 deve ampliar o número de corridas sprint já em 2027. Atualmente, a categoria mantém seis etapas com esse formato, mas as discussões entre FOM, FIA e equipes apontam para um aumento para cerca de dez provas.

Introduzido em 2021, a sprint nasceu como tentativa de dar mais ação a cada fim de semana. No início, foram apenas três corridas por ano. Em 2023, o formato passou para seis, após ajustes que buscaram atender críticas de fãs e de equipes. Hoje, tanto pilotos quanto promotores mostram mais interesse, e a percepção do público começa a mudar de forma positiva.

Promotores aprovam valor da sprint

O Circuito das Américas receberá novamente a corrida curta neste GP dos Estados Unidos. Bobby Epstein, cofundador do COTA, acredita que o formato oferece mais valor ao público, mesmo sem impacto direto em vendas de ingressos:
“Não sei se traduz em mais bilhetes vendidos, mas os fãs parecem estar gostando. No fim, é mais conteúdo e mais horas de entretenimento, o que apreciamos muito”, afirmou.

Em Miami, a situação foi diferente. Tyler Epp, responsável pelo GP da cidade, admitiu que era cético no começo. No entanto, após a estreia da corrida curta, percebeu aumento de público no sábado em 2024. Desde então, a etapa da Flórida passou a apoiar o formato com entusiasmo.

Quero ser VIP

Pressão por mais sprints cresce

A demanda para receber uma corrida sprint aumentou. Neste ano, o GP da Bélgica foi o único na Europa a contar com o formato, algo que os organizadores chamaram de “honra”. Mas isso pode mudar.

Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, confirmou que a tendência é clara:
“Com exceção de alguns fãs mais antigos, todos querem finais de semana sprint. Promotores pedem o formato e até os pilotos estão interessados. Não vamos chegar ao modelo da MotoGP, mas vejo isso como um processo de maturação”, declarou em Monza.

Além disso, Domenicali citou até ideias polêmicas como corridas com grid invertido e distâncias menores de Grandes Prêmios. Essas propostas não estão no papel, mas servem como gatilho para o debate sobre como atrair novas gerações.

Equilíbrio entre inovação e tradição

Para Epstein, da COTA, Domenicali consegue manter o equilíbrio entre modernizar e respeitar a tradição:
“Ele só tomaria decisões que acredita serem as melhores para a Fórmula 1. Stefano tem paixão e sabe preservar a herança da categoria sem esquecer dos fãs, das equipes e dos pilotos”, destacou.

Assim, enquanto a Fórmula 1 debate quantas corridas sprint terá em 2027, a discussão se expande para um ponto central: até onde a categoria pode mudar sem perder sua essência?

EB - www.autoracing.com.br

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