F1 – Pirelli estréia pneus duros, na Malásia

No próximo domingo, dia 25, a Fórmula 1 terá sua segunda corrida do ano, o GP da Malásia, que será disputado no circuito de Sepang, caracterizado com uma superfície abrasiva e pela alta temperatura. A Malásia é um dos países mais quentes de todo o calendário, o que influencia diretamente no comportamento dos pneus, causando um desgaste maior do que o normal. A Pirelli acredita que a temperatura da pista estará perto dos 50ºC ou além, por isso a fornecedora exclusiva de pneus da categoria até 2013 designou o composto P Zero Prata (duro) como um dos pneus para a prova. A outra escolha é o P Zero Branco (médio), já utilizado na etapa da Austrália, no domingo passado.

Além da alta temperatura, os pilotos tem que lidar com as chuvas torrenciais, ou seja, cai muita água em um curto período de tempo, por isso o novo P Zero Prata (duro) é ideal para o circuito de Sepang, por conta de sua resistência e performance. A escolha do P Zero Branco (médio) foi feita por ser a melhor combinação para as difíceis mudanças de clima da Malásia. Os pneus para pista molhada, Cinturato Verde (intermediário) e Cinturato Azul (chuva) estarão disponíveis como em todas as etapas em caso de chuva, o que já é uma característica da prova naquele país.

 Mesmo quando não está chovendo, a umidade fica em torno de 80%, podendo obrigar os pilotos a fazer três pit stops, o que foi a estratégia vencedora da etapa no ano passado. Porém os compostos utilizados pela Pirelli este ano são em geral, mais macios e mais rápidos. O composto duro que será visto na Malásia é muito parecido com o composto médio do ano passado, provando a evolução constante da gama de pneus P Zero.

 Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli afirmou que o principal desafio será gerenciar o desgaste dos pneus e manter uma diferença de performance bastante aceitável entre os pneus duros e os médios. “A Malásia é um dos maiores desafios que nós vamos enfrentar em todo o ano, principalmente pela natureza da pista e pelo clima. Esperamos temperaturas do asfalto em torno de 50ºC e uma diferença de performance entre os compostos semelhante ao que nós vimos na Austrália. Nosso objetivo ainda é reduzir essa diferença para menos de 1s. A Malásia é boa para ultrapassagens, e isso se encaixa nas características dos nossos pneus P Zero, que foram especialmente concebidos para aumentar as ultrapassagens a partir de um certo grau de degradação”, contou.

 
Notas técnicas dos pneus:

 ·        Embora a superfície da Malásia ofereça muita aderência, qualquer borracha que estiver na pista é frequentemente lavada pela forte chuva que cai na maioria dos dias, tornando a pista “verde” no início de cada sessão.

 ·       Os pneus do lado esquerdo do carro trabalham mais na Malásia. O pneu traseiro esquerdo é particularmente muito utilizado, pois garante a tração, com a temperatura chegando a um pico de 130 graus centígrados na borda interna devido a uma força lateral de 3G.

 ·      O circuito de Sepang tem 5.543 quilômetros de extensão, com 56 voltas que totalizam 310.408 quilômetros. O circuito foi inaugurado em 1999, em um local que anteriormente era uma floresta.

 ·     Ano passado a Pirelli indicou os compostos duro e macio, resultando em uma diferença de cerca de 1,2 segundos entre ambos. Este ano, a diferença deve ser muito menor.

FH – www.autoracing.com.br