F1 – Pirelli: “Estamos em estreito contato com a FIA e FOM sobre o coronavírus”

sábado, 7 de março de 2020 às 10:30

Pneus da Fórmula 1

O chefe da Pirelli, Mario Isola, destacou a presença das empresas italianas no grid da Fórmula 1, com vários países fechando suas fronteiras para os italianos para conter o coronavírus.

A Itália relatou o quarto maior número de casos de COVID-19 no mundo, com mais de 4.500 casos confirmados e quase 200 mortes até agora. O país já tomou medidas ao não permitir a participação de nenhum visitante em eventos esportivos para o próximo mês, tendo o E-Prix de Roma, em 4 de abril, sido adiado também na Fórmula E.

Com vários construtores de Fórmula 1 baseando as suas operações na Itália, o surto do vírus teve um impacto severo no esporte e nas suas equipes. AlphaTauri e Ferrari tiveram que mudar significativamente seus planos de viagem para chegar ao GP da Austrália na próxima semana, e tanto o Vietnã quanto o Bahrain anunciaram que pessoas viajando da Itália terão que ser colocadas em quarentena antes de serem autorizadas a entrar no país.

Isola, que tem formação em medicina, disse que a Pirelli, sediada em Milão, também aumentou as medidas de contenção em seus escritórios no norte da Itália. “A empresa tomou algumas medidas como todas as grandes empresas na área de Milão”, explicou ele durante o segundo teste em Barcelona.

“O que podemos fazer é monitorar a situação. Estar em estreito contato com a FOM e a FIA e as equipes, é claro. Temos o nosso departamento de Saúde e Segurança em Milão que está ligado à nossa sede a fim de dar algum apoio. Temos a Formula Medicine e o Dr. (Riccardo) Ceccarelli que é o nosso médico em eventos. Tentamos fazer o nosso melhor para saber o que está acontecendo”, completou.

Com o GP do Bahrain e Vietnã sob risco de serem adiados também, a situação do coronavírus em torno da F1 continua a se desenvolver diariamente ou mesmo a cada hora, com Isola a descrevendo como uma “situação contínua”.

Os organizadores do GP do Bahrain já comunicaram que irão flexibilizar as restrições para os cidadãos italianos para os funcionários da F1, e Ross Brawn acrescentou que a F1 não deixará as corridas prosseguirem se alguns construtores não conseguirem entrar num país.

“O governo do Bahrain disse que os italianos não podem entrar no país”, continuou Isola na quinta-feira do segundo teste, “há três dias o Vietnã anunciou que fechou a fronteira para os italianos e outros países. Estou falando dos italianos porque somos italianos e porque a presença do povo italiano na F1 é bastante grande”.

Além da Ferrari e AlphaTauri (a Alfa Romeo Racing está sediada na Suíça) – e da Pirelli – a Itália tem uma base enorme na F1, que não pode ser negligenciada. “Também os motores porque Haas (e Alfa Romeo) tem um motor Ferrari, a Dallara (que constrói chassis), a Marelli (que fornece dados de telemetria para a F1), a Pirelli. Há muitas empresas na F1 que são italianas”, concluiu o chefe da Pirelli.

Com a COVID-19 ainda tirando vidas todos os dias e ainda sem ser contida, a Pirelli e as outras empresas italianas da F1 terão que continuar a limitar as suas viagens até que seja mais seguro fazê-las.

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