F1 – Pilotos de ponta são os grandes vencedores do teto orçamentário

sábado, 2 de novembro de 2019 às 12:19

Lewis Hamilton, Charles Leclerc e Max Verstappen

Os pilotos podem ser os grandes vitoriosos financeiros das novas regras de 2021, divulgadas na última quinta-feira.

Após um longo e controverso período de incerteza, a Liberty Media finalmente apresentou o regulamento em Austin. Mas a saga não terminou. No dia 5 de novembro, as negociações sobre o próximo Pacto de Concórdia vão começar.

E apesar da Ferrari não ter usado seu polêmico veto para bloquear o regulamento, o chefe Mattia Binotto ainda não está descartando a possibilidade.

“Ainda há muito trabalho a ser feito”, disse ele em Austin ao ser questionado sobre as regras de 2021. “Portanto, se há algo, eu evitaria dizer que está confirmado. Creio que ainda é um ponto de partida”.

Helmut Marko, da Red Bull, ficou desapontado, mas não surpreso com o fato da Ferrari ter votado a favor das regras no Conselho Mundial de Automobilismo.

“A Ferrari sempre faz o que quer. Você nunca pode confiar naquilo (acordo)”, declarou ele à Auto Motor und Sport ao ser questionado sobre a aliança anterior das equipes de ponta contra o regulamento.

Os pilotos estão insatisfeitos com um novo aumento de peso dos carros em 2021, enquanto as equipes acreditam que as regras aerodinâmicas são restritivas demais. Sobre esse último ponto, Marko afirmou que os grandes beneficiados serão as contas bancárias dos pilotos de ponta.

“Quando os carros ficarem mais parecidos, os pilotos serão novamente o fator mais importante”, disse ele. “Pilotos como Hamilton, Verstappen e Leclerc irão se beneficiar. Se eles discordarem, podem chantagear as equipes e isso pode rapidamente lhe custar $50 milhões. Foi um erro não incluir os salários dos pilotos no teto orçamentário”.

Zak Brown, da McLaren, concorda: “Foi um erro deixar os pilotos de fora. Junto com o carro, eles são um fator que determina o tempo de volta. Se fossem parte do orçamento, as equipes precisariam decidir se o dinheiro é investido no piloto ou no carro. Esse é o ponto de um teto orçamentário. O prêmio vai para aquele que usar seu dinheiro com mais sensatez”.

Os salários dos pilotos não é a única coisa excluída do teto de $175 milhões.

Na Forbes, o jornalista Christian Sylt revelou que o desenvolvimento do motor, marketing, custos de viagens, atividades não relacionadas à F1 e uma “longa lista” de outras exceções também não foram incluídos no teto.

“A Liberty Media classificou o teto orçamentário como revolucionário, mas na verdade, um esquema muito similar, conhecido como Acordo de Restrição de Recursos, foi introduzido uma década atrás”, disse ele.

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