F1 – Personagens da categoria defendem o número de ultrapassagens

segunda-feira, 9 de maio de 2011 às 12:44
istambul.2011
Personagens importantes da Fórmula 1 estão convencidos de que a FIA acertou ao implementar o regulamento do DRS – apesar das críticas de que as ultrapassagens se mostraram fáceis demais no GP da Turquia.
O chefe da Red Bull, Christian Horner, declarou: “Tirou um elemento – e pode ser argumentado que talvez as ultrapassagens tenham sido um pouco fáceis demais. Mas é ótimo que os carros possam estar nessa posição, e os pilotos precisam trabalhar realmente duro para ficar a menos de um segundo para usar o sistema. Acrescentou outro elemento”.
O diretor técnico da Renault, James Allison, acredita que o grande número de ultrapassagens na Turquia se deveu mais ao desgaste dos pneus em diferentes carros do que ao DRS.
“Acho que vimos uma pista onde, devido ao fato da degradação dos pneus ser grande e vários pilotos terem decidido fazer três paradas e alguns quatro – até mesmo os que pararam quatro vezes fizeram isso em momentos diferentes, as diferenças de performance foram significativas”.
“Se você olhar os pilotos que tinham a mesma estratégia, eles não conseguiram simplesmente passar com facilidade em voltas diferentes. Houve muitas voltas onde eles ficaram presos atrás dos rivais por bastante tempo, então acho que a FIA novamente acertou”.
Ao ser questionado se as ultrapassagens se tornaram fáceis demais e as corridas muito complicadas agora, Allison disse: “Não, acho que está bom. Somos um negócio de entretenimento, e creio que produz corridas interessantes”.
O diretor técnico da Williams, Sam Michael, acredita que, apesar do DRS ter funcionado bem demais na Turquia, o conceito ainda é bom para a Fórmula 1.
“Definitivamente, significou que você pôde adotar a melhor estratégia, pois não precisava se preocupar com o tráfego. Mas essa era a intenção. Acho que o DRS ainda é bastante benéfico para a categoria, e muito bom. Além disso, quando você tem uma grande diferença de velocidade devido aos pneus, haverá ultrapassagens com ou sem o DRS”.
Rubens Barrichello acredita que a configuração única da pista de Istambul – com o DRS sendo ativado em uma curva – tornou seu benefício mais extremo.
“Se você o retirasse, não haveria ultrapassagens. A pista é um pouco como Interlagos. Você tem uma curva que é efetivamente uma reta. Isso cria arrasto para o carro que está passando por ela, e o carro de trás não enfrenta isso, portanto você tem mais vácuo”.
“Então, é uma pista onde você pode ter mais ultrapassagens, e precisamos disso. Com o DRS aqui, os pilotos praticamente estavam ultrapassando antes da reta por causa daquela redução do arrasto e do tipo de curva que torna as ultrapassagens possíveis”.
Bruno Senna, piloto reserva da Renault que assistiu todas as corridas na televisão, sente que a chave para acertar a quantidade de ultrapassagens é ajustar a extensão da zona do DRS.
“Acho que, se você olhar a corrida da GP2 neste fim de semana, tivemos ultrapassagens naturais. Todos estavam andando juntos, e isso porque os carros podem andar um pouco mais perto”.
“Na Fórmula 1, talvez sem o DRS e o KERS, os pilotos terão mais dificuldades para ultrapassar. Aqui, é um caso de tornar isso fácil demais, porque uma reta naturalmente ajuda, mas em outros lugares, será a coisa certa a fazer. Se eles colocassem o sistema DRS um pouco mais para frente na reta, não teria sido tão fácil”.
Ao ser questionado se a Fórmula 1 acertou no equilíbrio entre ultrapassagens e corridas naturais, Senna disse: “É difícil entender o que está acontecendo. E o problema é que, algumas vezes, você vê as pessoas felizes porque seu piloto ou carro favorito fizeram uma ultrapassagem, e então, depois de cinco voltas, elas ficarão tristes porque o adversário deu o troco devido ao desgaste dos pneus ou ao DRS”.
“Ainda assim, é uma corrida, e os pilotos precisam fazer muito. Talvez seja o caso de tentar seguir a receita da GP2 e tornar as ultrapassagens um pouco mais naturais”.

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