F1 – Os pneus e a experiência no limite da velocidade em Monza

domingo, 14 de setembro de 2014 às 8:10

Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel em Monza

No Grande Prêmio da Itália, disputado no último fim de semana em Monza, o piloto da Red Bull Daniel Ricciardo – vencedor de três grandes prêmios deste ano – chegou aos 362,1 km/h na reta principal. Nesta que foi a maior velocidade máxima já cronometrada em 2014, as rodas estavam a 2.800 rpm, cerca de 50 rotações por segundo.

Estas velocidades extremas têm um profundo efeito sobre os pneus. A toda a velocidade – que é, frequentemente, o caso durante uma volta em Monza –, pneu da Fórmula 1 muitas vezes é submetido a uma pressão aerodinâmica crítica e capaz de carregar até 1.000 kg. Outro aspecto importante é que em altas velocidades os carros da categoria também geram uma força centrífuga enorme em cada um dos pneus.

Devido a essas cargas, a marca do pneu na pista aumenta consideravelmente e a parte do pneu que tem contato com o piso está sujeita a uma grande quantidade de deformação . A estrutura do pneu tem de ser muito forte e elástica para poder lidar com esta tensão constante.

Ao mesmo tempo, a parte superior do pneu, que não está em contato com o solo, é submetida a uma grande força centrífuga, e, apesar disso, o desenho do pneu não muda muito: ele se “alonga” 1% de seu formato original. Isso tudo é resultado do baixo peso e da elevada rigidez dos materiais desenvolvidos pela Pirelli para Fórmula 1.

Os pneus de F1 são projetados precisamente com estas forças extremas em mente: durante os testes de laboratório, antes mesmo de ir para uma pista, os pneus são expostos à cargas mais elevadas e à forças que, normalmente, são vividas nas pistas, em regimes de velocidades que podem chegar até aos 450 km/h. E não apenas isso: eles também são parados em contato com superfícies sólidas, em velocidades acima dos 250 km/h, para simular os rígidos esforços dos freios, exatamente como acontece em Monza.

Assim, enquanto da mesma forma que o esforço sofrido pelos pneus em Monza são quase inimagináveis, os pneus da Pirelli foram especificamente criados para estar à altura, não apenas deste, mas, também dos maiores desafios e mais altos níveis de desempenho global vistos no automobilismo mundial.

Velocidades semelhantes podem ser aplicadas em pneus de alta performance da Pirelli para vias urbanas pelos melhores supercarros do mundo: a maioria dos que usam os pneus P Zero como equipamento original. Os carros de rua não compartilham apenas do mesmo nome dos pneus da Fórmula 1, mas também de grande parte dos processos de tecnologia e design que fazem dos pneus da Pirelli serem únicos.

EB - www.autoracing.com.br

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