F1 – O que pensam os pilotos sobre a limitação de rádio

quinta-feira, 18 de setembro de 2014 às 16:28

Proibição do rádio

Com as equipes de F1 esperando para saber se haverá uma flexibilização temporária da proibição de rádio, a maioria dos pilotos se declararam ansiosos para começar com as novas regras.

A FIA prevê esclarecer, antes do treino de sexta-feira, os limites exatos do que é e não é permitido, depois das preocupações manifestadas por algumas equipes sobre as implicações de segurança das novas restrições.

É possível que algumas instruções técnicas ainda sejam permitidas por agora, mas qualquer informação relativa ao desempenho do piloto continuará a ser proibida.

Tal compromisso pode aliviar as preocupações levantadas por Felipe Massa, mas outros pilotos estavam muito menos agitados sobre as novas regras.

O líder do campeonato Nico Rosberg disse: “(A equipe) pode apenas me dizer 20 por cento das coisas que costumavam dizer, por isso vai ser um grande desafio. Há sempre o risco de complicar as coisas um pouco demais, especialmente para as pessoas que assistem na TV. Já é difícil para eles entender o esporte. É uma boa direção simplificar”.

Alguns pilotos receberam favoravelmente a transferência da responsabilidade para eles.

Jenson Button disse: “Eu acho que parte do nosso trabalho é fazer o nosso dever de casa e estar preparado para a corrida, e se nós sentimos que há degradação do pneu, devemos saber como o pneu está. Isto não pode ser feito pelos sensores do carro. Eu só acho que é mais fácil para os pilotos, pessoalmente. Porque ser informado de que seu companheiro de equipe é mais rápido do que você numa curva e que tem que melhorar seu tempo lá e frear cinco metros mais tarde. Quero dizer, toda esta lição de casa já deveria estar pronta. Você deveria ter aprendido isso. Deveria estar em sua natureza querer aprender e se preparar para a corrida”.

Quanto de informação técnica os pilotos serão capazes de conseguir a partir de agora, será mais claro na sexta-feira, mas Sebastian Vettel suspeita que as coisas sejam muito mais difíceis. Além da potencial perda de informações técnicas importantes sobre a volta de formação, eles também terão de gerenciar as baterias e os sistemas de recuperação de energia sozinhos.

“Em termos de gerenciamento de componentes e sua forma de trabalhar uns com os outros, será difícil para nós”, disse Vettel. “Não é tão simples como a gestão do KERS, como no passado. Se fosse esse o caso, então a proibição de rádio não é um problema. Mas poderia ser um problema se você tem que gerenciar o nível de carga em toda a corrida. É por isso que temos tantas pessoas na garagem. Se eles não fossem necessários, não estariam aqui. Nós não os levaríamos ao redor do mundo para ter umas férias em Cingapura, Japão e Austrália – com algumas cervejas e boas carnes”.

Enquanto a proibição de rádio tem dominado a conversa na preparação para o fim de semana de Cingapura, muitos pilotos duvidam que mude a ordem competitiva.

Fernando Alonso disse: “Eu não acho que isso terá um grande impacto. Existe uma grande atenção da mídia, como a proibição do FRIC, mas o impacto final sobre os resultados da corrida não foi nada de especial e acho que aqui será igual. Se você é um treinador de futebol ou basquete e não pode conversar com seus jogadores, no final, são os jogadores que atiram a bola, ou os pilotos que dirigem o carro”.

Lewis Hamilton reconhece que será apenas mais um obstáculo para os pilotos superarem numa temporada de mudança técnica complicada.

“Estou muito animado para ver se podemos resolver isso”, disse ele. “É como colocar mais bolas no ar para pegarmos – e já estamos pegando bastante”.

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