F1 – O GP da Alemanha do ponto de vista dos pneus: Hockenheim

quarta-feira, 18 de julho de 2012 às 3:49

Pneus Pirelli F1A nova versão do pneu P Zero Prata da Pirelli deveria ter feito a sua estreia nos treinos livres em Silverstone, na Inglaterra, em 08/07, mas a chuva forçou uma mudança de planos. Consequentemente, o novo composto duro será levado para a Alemanha, onde os pilotos poderão testá-lo durante os treinos livres de sexta-feira, dia 20. Cada carro terá dois jogos do novo composto, além dos 11 conjuntos habituais. Foram designados para este GP os compostos P Zero Branco (médio) e P Zero Amarelo (macio).

O Autódromo de Hockenheim – que se alterna com Nurburgring como palco do GP da Alemanha – é um dos três circuitos novos para Pirelli este ano, juntamente com o Bahrein e os Estados Unidos. Se antes era considerado um dos traçados mais rápidos do mundo, agora esta pista é caracterizada por algumas retas longas, combinadas com um trecho em forma de estádio muito lento e tecnicamente mais complexo. Desta forma, requer um acerto de carro muito versátil e os pneus também têm que lidar com uma ampla variedade de velocidades e situações.

Obter uma boa tração na saída de todas as curvas de baixa e média velocidades é a chave para uma volta rápida, e os pneus desempenham um papel vital neste processo. Há também algumas zonas de frenagem pesada​​, nas quais os pneus têm de absorver até 5G de forças de desaceleração.

“O novo pneu duro tem uma faixa de trabalho um pouco mais ampla, o que deve tornar mais fácil para as equipes aquecê-lo e mantê-lo na janela operacional correta. Temos um diálogo muito produtivo com elas e sempre vamos levar em conta os desejos da maioria. Certamente vai ser interessante ouvir o que todos têm a dizer sobre o novo pneu e ver se suas impressões batem com as conclusões a que chegamos durante os nosso testes”, disse Paul Hembery, diretor de Motorsport da Pirelli.

“Este circuito exige bastante pressão aerodinâmica sobre o carro, o que força muito os pneus traseiros, principalmente quando faz calor”, diz Nico Rosberg, piloto da Mercedes. “Hockenheim é uma pista especial para mim, porque quando eu era menino, lembro que meu pai venceu uma corrida de DTM aqui, e eu sentei ao lado dele no teto do carro, acenando para a multidão. Provavelmente este foi o momento no qual eu decidi que queria fazer algo semelhante quando crescesse”, completa Rosberg.

“Minhas recordações de Hockenheim são boas e ruins. Sofri o pior acidente da minha carreira aqui, na Fórmula 3, em 2005, quando toquei rodas com outro carro e saí voando de cabeça para baixo ao longo do muro. Mas também fui duas vezes ao pódio na GP2”, diz Lucas di Grassi, piloto de testes da Pirelli. “Ao contrário do antigo, o circuito moderno de Hockenheim é uma pista que não tem qualquer característica especial que vai forçar os pneus duros, porém, o desafio vem de uma combinação de fatores: existem algumas áreas de frenagem muito forte, que colocam muita energia sobre os pneus, e o trecho do estádio depende muito de aderência lateral. Poderá haver algumas rodadas e saídas de pista se os pneus começam a se desgastar, mas o principal fator limitante aqui será a tração, é a coisa mais importante. Mas ela depende muito da temperatura é claro, e em Hockenheim tudo é possível”, completou Di Grassi.

O comportamento dos pneus:

• Encontrar o acerto correto para equilibrar o desempenho e a durabilidade dos pneus é crucial em Hockenheim. Se as temperaturas estiverem altas, os pneus traseiros são especialmente propensos à degradação devido às exigências de tração constante e níveis relativamente altos de pressão aerodinâmica traseira.

• Na curva 6, os carros desaceleram de 325 km/h a 65 km/h em apenas 2,5 segundos, com muita energia atravessando os pneus dianteiros, que têm de frenar e virar ao mesmo tempo. A transferência de peso proveniente dessa forte frenagem faz com que a traseira do carro pareça solta, acentuando as ondulações do circuito.

• Os carros correm com acerto aerodinâmico para obter pressão aerodinâmica de média a baixa, buscando a maior velocidade máxima nas retas. Mas isso pode resultar em falta de aderência nos trechos de curvas lentas e sinuosas. Se o carro desliza muito, criando mais atrito contra a superfície da pista, isso aumenta o desgaste do pneu.

AS – www.autoracing.com.br

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