F1 – Nova regra de largada divide opiniões

sábado, 22 de agosto de 2015 às 7:35

Largada da Fórmula 1

A nova regra para as largadas na Fórmula 1 está dividindo opiniões. Por um lado, alguns dizem que é um passo na direção certa: Bernie Ecclestone aplaudiu o afastamento da noção de que os pilotos de hoje são “macacos treinados em carros de controle remoto”.

Assim, a partir do GP da Bélgica, os pilotos estarão essencialmente sozinhos com sua tecnologia de embreagem, sem assistência de engenheiros na volta de formação do grid e incapazes de ajustar constantemente as configurações.

“Se eles estão à procura de mais variação e mais showbiz, é algo que poderia funcionar, com os líderes ou favoritos tendo uma má largada e lutando para se recuperar depois”, disse o ex-piloto Mark Webber ao jornal Guardian. “A nova regra será exposta nas primeiras três ou quatro corridas. O pior pesadelo é um carro parado”.

Marcus Ericsson (Sauber), no entanto, duvidou que isso vá acontecer, com os sistemas existentes sendo equipados com tecnologia anti-stall. “Na pior das hipóteses, você puxa a alavanca da embreagem e tenta novamente”, afirmou o sueco. “Então eu não acho que haverá acidentes por causa de pilotos parados (no grid)”.

Sebastian Vettel (Ferrari) não é um defensor da nova regra. “Eu não consigo entender o que queremos alcançar aqui”, declarou ele à revista Speed Week. “Talvez as largadas sejam um pouco confusas, mas eu acho que na F1 há uma série de pessoas muito inteligentes que trabalham. Em até três corridas, vamos ver que nada mudou”.

No entanto, a FIA está agora determinada a apertar a pressão contra a tecnologia, com a telemetria sendo limitada a partir de 2016, bem como outras medidas destinadas a limitar o que os pilotos possam ser informados pelo rádio.

Como Vettel, Fernando Alonso (McLaren) não pensa que muito vá realmente mudar na prática. “Sim, recebemos algumas informações agora no rádio sobre pneus, combustível ou sobre outras coisas, mas estamos perfeitamente cientes do que está acontecendo no carro. Essa informação virá de qualquer maneira pelo instinto e pelas reações do carro. Portanto, não é uma grande mudança e, provavelmente, é bem-vinda, para ter um pouco mais o que fazer no carro e nos sentir um pouco mais importantes”, acrescentou.

EB - www.autoracing.com.br

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