F1 – Newey: “Acidente de Senna ainda é um mistério para mim”.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013 às 12:39
Adrian Newey

Adrian Newey

Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull e responsável pela criação de alguns dos melhores carros da F1 nos últimos anos, admitiu que ainda não conseguiu entender o que aconteceu no acidente de Ayrton Senna em Imola. Ocupando o cargo de projetista-chefe da Williams em 1994, o britânico disse que não consegue esquecer o fatídico dia, e que não sabe se houve de fato algum problema mecânico no carro ou se foi erro do piloto.

“O que aconteceu naquele dia, o que causou o acidente, ainda me traz medo até hoje”, falou Newey. “A causa foi a quebra da barra de direção ou foi um acidente?”.

Existem várias teorias por trás do que aconteceu, incluindo baixa pressão dos pneus, irregularidades na entrada da curva e a falha da barra de direção, que tinha sido redesenhada para dar mais espaço ao piloto dentro do cockpit. Mas até hoje, ainda não se sabe o que causou uma das maiores perdas da história da categoria.

“Não há duvidas de que a barra quebrou. Da mesma forma, todos os dados, todas as câmeras do circuito, a câmera no carro de Michael Schumacher, nada parece ser consistente com uma quebra na barra de direção. O carro saiu de traseira inicialmente, e Ayrton corrigiu isso, mas acabou passando reto”.

“A primeira coisa que aconteceu foi o carro sair de traseira, a mesma coisa você vai ver algumas vezes nos circuitos ovais dos Estados Unidos. O piloto perde a traseira, corrige mas não consegue evitar o choque com o muro, o que não é um sintoma de uma quebra da barra de direção”, continuou.

Newey disse que ainda se sente mal por não ter dado um carro capaz de vencer corridas para Senna, depois da categoria passar por uma grande mudança no regulamento técnico, entre 1993 e 1994.

“Ele tinha uma presença muito forte. Acho que uma coisa que sempre vai me assombrar é que ele veio para a Williams porque tínhamos feitos carros bons nos últimos três anos e ele queria estar na equipe que pensava ter construído o melhor carro. E, infelizmente, o carro de 1994 não era bom”.

“Ayrton tinha um talento puro e uma determinação impressionante. Ele conseguia tirar mais do que o carro era capaz de dar. Foi uma pena que o carro não era capaz de brigar por vitórias no começo daquele ano. E, claro, no momento em que corrigimos os problemas, ele não estava mais conosco”, completou Newey.

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