F1 não está entrando na era dos “pilotos pagantes”, diz Danner

Lance Stroll

A Fórmula 1 não está prestes a entrar na era dos chamados “pilotos pagantes”, de acordo com Christian Danner.

Como resultado da crise do corona, que também está ameaçando equipes intermediárias estabelecidas como McLaren e Renault, teme-se que as equipes dependam ainda mais de pilotos que possam trazer uma quantia de dinheiro significativa. Porém, Danner não acredita que o impacto será significativo.

“O dinheiro sempre ajuda na F1”, declarou ele à RTL. “Mas nada mudará em relação ao piloto pagante clássico. Eu assumo que o mercado de pilotos será tão equilibrado quanto nos anos anteriores. Aqueles que saírem serão substituídos por outros pilotos talentosos”.

Danner disse que é até mesmo injusto chamar Lance Stroll, cujo pai bilionário é proprietário da Racing Point, e Nicholas Latifi, cujo pai Michael está sendo ligado à compra da Williams, de pilotos pagantes.

“Latifi foi vice-campeão da Fórmula 2 no ano passado e Stroll foi campeão da Fórmula 3 em 2016. Eles são pilotos realmente bons”, insistiu ele.

O oligarca russo Dmitry Mazepin, que tem seu filho Nikita correndo na F2, também está sendo mencionado como possível comprador da Williams. E o chinês Guanyu Zhou vem sendo citado como um dos candidatos à vaga de Daniel Ricciardo em 2021.

Danner continuou: “Mazepin realmente impressionou a Mercedes com seu trabalho no simulador e nos testes, e Zhou foi o melhor estreante da F2 em 2019”.

“No fim das contas, quase todos os pilotos da F1 são pagantes de certo modo. Sebastian Vettel era patrocinado pela Red Bull muito antes da F1, e Hamilton foi bancado pela McLaren durante sua época do kart”.

“Podem não ser pais super ricos por trás, mas companhias enormes. Mick Schumacher também tem muitos patrocinadores para ajudá-lo na F2. Latifi leva dinheiro, com certeza, mas George Russell é da Mercedes, então definitivamente há um benefício financeiro para a Williams, como desconto nos motores”.

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