F1 – Mugello pode substituir Monza se houver “problemas”, diz dirigente

quinta-feira, 3 de julho de 2014 às 9:40

Circuito de Mugello

Dez milhões de euros podem não ser suficientes para manter o GP da Itália em Monza.

Acredita-se que a FIA tem algum poder para proteger alguns dos circuitos mais tradicionais da Fórmula 1, como Monza, Mônaco, Spa e Silverstone.

Mas Bernie Ecclestone, chefe executivo da categoria, provocou ondas de choque na Itália ao avisar que seu acordo comercial atual com Monza é “um desastre”.

Fontes internas da Fórmula 1 já viram as duras táticas de negociação de Ecclestone várias vezes antes, mas ele está sob pressão de outras potenciais sedes de GP que estão dispostas a pagar mais.

Uma delas pode ser Mugello. O circuito perto de Florença é de propriedade da Ferrari, e Luca di Montezemolo não esconde seu desejo de ver a pista no calendário.

Giovanni Malago, chefe do Comitê Olímpico da Itália, aparentemente tem sido próximo à Ferrari nos últimos tempos, e ele minimizou os rumores de que a equipe baseada em Maranello está se esforçando para tirar Monza do calendário da Fórmula 1.

“Eu descarto qualquer especulação de Mugello a respeito de Monza”, declarou ele ao Tuttosport. “Mas se houver problemas que não possam ser resolvidos, sempre deve ser levado em conta que há um circuito extraordinário em Mugello. Contudo, todo o esporte italiano está torcendo para que os problemas de Monza sejam resolvidos”.

De fato, qualquer sugestão de que Monza poderia sair do calendário sempre é uma garantia de polêmica na Itália.

“A Lombardia sempre fez sua parte pelo GP de Monza, mas esperamos que até mesmo o primeiro ministro Matteo Renzi não abandone suas responsabilidades”, declarou o presidente Roberto Maroni ao Gazzetta dello Sport. “Monza é sinônimo do GP da Itália e as razões econômicas citadas por Ecclestone não são aceitáveis para a história e o papel internacional de Monza”.

De sua parte, Monza insiste que ainda não conversou diretamente com Ecclestone sobre os novos termos do contrato, relatou a Sport Business International.

Federico Bendinelli, chefe do circuito, revelou que reformas custando “pelo menos 10 milhões de euros” irão começar em 2014 e “continuarão pelos próximos quatro ou cinco anos”.

Porém, quanto à ameaça de Ecclestone, o britânico “ainda não nos disse nada sobre isso”, insistiu ele. “Então, não sabemos quais são as novas exigências para o GP da Itália do ponto de vista econômico e comercial”, concluiu Berdinelli.

 

LS - www.autoracing.com.br

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