F1 – Montezemolo: “Senna e Schumacher não teriam trabalhado juntos”

Michael Schumacher e Ayrton Senna

O ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, revelou quão próximo esteve Ayrton Senna de assinar um contrato com a equipe italiana para 1995. Montezemolo acrescentou que Michael Schumacher provavelmente não teria sido contratado se o brasileiro ainda estivesse ao seu lado em 1996.

Senna tinha passado para a Williams em 1994, depois de Alain Prost ter se aposentado como campeão, mas acabou sendo uma má jogada. A Williams dominou em 1993 com a sua famigerada “suspensão ativa”, mas a FIA tinha proibido o sistema para 1994. Devido a isso, o carro era extremamente desequilibrado, um problema que só foi resolvido muito mais tarde no ano.

O acidente fatal de Senna em Imola veio no início da temporada, mas Montezemolo já tinha falado com o tricampeão, que estava descontente com a sua nova equipe britânica depois de ter saído da McLaren.

“Ele veio falar comigo em Bolonha na quarta-feira, antes da tragédia em Imola”, revelou o italiano à Sky Itália. “Ele me disse que queria vir correr na Ferrari a todo o custo e que queria se ver livre da Williams”.

“Ficamos com a ideia de falar depois de Imola. Depois aconteceu o que aconteceu. Ia ser a cereja no bolo daquela equipe, como o Michael foi mais tarde (a partir de 1996)”, lembrou o ex-dirigente.

A ideia de ter Senna e Schumacher, dois dos melhores pilotos de todos os tempos, como colegas de equipe, era incrível, mas Montezemolo pensa que não teria funcionado dada a natureza de ambas as lendas.

“Um sonho bonito, mas teríamos disparado no nosso pé”, explicou. “Teria sido um grande sucesso, mas não seria bom para a Ferrari. Com duas estrelas desse nível juntas, não se ganha”.

Senna, claro, já tinha uma enorme rivalidade com Alain Prost quando a dupla dividiu a garagem na McLaren. Schumacher, que era muito duro como piloto de F1, poderia não ter conseguido se dar bem com o brasileiro. Nunca saberemos.

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