F1 – Montezemolo entre a Ferrari e a política italiana

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 às 15:22
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Luca di Montezemolo - Italia Futura

Compreender o funcionamento da cena política italiana é tão fácil como explicar o funcionamento interno de uma caixa de câmbio de Formula 1. Qualquer um pode dizer que o piloto usa as borboletas atrás do volante para mudar de marcha, mas como isso realmente funciona é um processo um pouco mais complicado.

A razão pela qual isso é importante é que a política italiana atualmente envolve Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, que é o homem que dá as cartas na equipe mais famosa da Formula 1.

Montezemolo foi se encaminhando silenciosamente em direção a uma carreira política desde que deixou de ser presidente da Fiat há quase três anos. Agora com 65 anos, Montezemolo é a força por trás de um novo partido político chamado Italia Futura. Esta iniciativa foi lançada há alguns meses, mas não teve o impacto que se esperava. Os problemas do governo de Mario Monti, no entanto, deram ao partido uma segunda chance, que agora faz parte da nova aliança que Monti reuniu, em um esforço para manter seu emprego nas eleições que estão previstas para o final de fevereiro.

Esta aliança é chamada Agenda Monti per l’Italia (AMI) e inclui a Unione di Centro (UDC), um grupo liderado por Pier Ferdinando Casini, o conservador Futuro e Libertà (FLI), liderado por Gianfranco Fini, e o Partito Liberale Italiano (PLI), dirigido por Stefano de Luca. Além disso, a nova formação inclui um número de desertores do Partito Democratico (PD) de Pier Luigi Bersani, que atualmente lidera as pesquisas na frente do Il Popolo della Libertà (PdL) de Silvio Berlusconi. A aliança foi aprovada pela Igreja Católica também. Não há garantias  que essa organização será capaz de vencer Bersani, que de acordo com pesquisas de opinião, tem 36% dos votos, com a aliança de Monti com apenas 23%.

Talvez sabiamente, Montezemolo decidiu não concorrer à eleição, mantendo-se assim como o líder “espiritual” de seu movimento sem estar na linha de fogo se a aliança de Monti não vencer. Assim, Montezemolo pode continuar a desfrutar de uma imagem de sucesso como chefe da Ferrari e, talvez, se tudo correr bem, ele possa então passar para um papel mais político.

AS - www.autoracing.com.br

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