F1 – Montezemolo duvida que corte de custos funcione

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014 às 14:18

Luca di Montezemolo

O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo tem dúvidas de que um limite de custos será a maneira certa de manter as despesas da Formula 1 sob controle.

As equipes de F1 acreditam que os custos precisam cair, e elas recentemente aprovaram planos para limitar os gastos em determinadas áreas, a partir de 2015.

Prevê-se que um grupo de trabalho será criado para definir as áreas e o âmbito destes limites financeiros, com representantes das equipes, da FIA e do detentor dos direitos comerciais envolvidos nas discussões.

No entanto, di Montezemolo é cético se um limite de custos irá funcionar, mesmo que ele admita que medidas urgentes precisam ser tomadas para garantir o futuro a longo prazo de todas as equipes no grid.

“Pela primeira vez foi dito que temos de definir um limite de custos. Você sabe que tenho dúvidas sobre este limite – é muito fácil de ser burlado – especialmente para equipes de fábrica e a Ferrari poderia ser uma”.

“Eu poderia ir até a Chrysler em Detroit e pedir para fazerem algo por nós. A Mercedes poderia também pedir à sua empresa”.

“Temos que encontrar algo que seja digno de confiança, mas o custo é o problema número um”.

Di Montezemolo acredita que o fato do mercado de pilotos intermediários nesta temporada ter sido dominado por pilotos pagantes é um sinal de alerta que a F1 não está numa boa situação.

“Se olharmos para o grid de hoje, em toda a minha carreira de F1, nunca vi equipes sobrevivendo com o dinheiro dos pilotos”, disse ele.

“Este ano toda a movimentação de pilotos foi essencialmente voltada – com exceção de Raikkonen para a Ferrari – com base no que os pilotos poderiam trazer de dinheiro para as equipes”.

“Ocorreu com a Force India, Sauber, Lotus e Williams. Isto não é bom…”.

Di Montezemolo é cético quanto a engenheiros se envolvendo na definição de áreas de controle de custos, com ele sugerindo que uma abordagem mais unilateral da FIA poderá ser o melhor caminho a seguir.

“O custo não pode ser decidido pelos técnicos – porque se for assim, nunca iremos conseguir isso”, disse ele.

“A única maneira de abordar esta questão é dizer à FIA que todas as equipes são unânimes num acordo para reduzir os custos. A FIA fará o que quiser e deverá voltar com uma proposta que certamente possa diminuir os custos de uma maneira pesada, muito pesada. Então nós nos ajustaremos”.

“Temos que alcançar um objetivo para diminuir de forma pesada os custos“.

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