F1 – Mercedes se arrepende de postura em testes de pneus de 2017

Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Toto Wolff

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, admitiu que ele provavelmente cometeu um erro ao não forçar Lewis Hamilton e Nico Rosberg a atuarem mais no desenvolvimento dos pneus de 2017 da Pirelli no ano passado.

Com a Ferrari começando este ano com tanta força – e as características do seu SF70H tão bem adaptadas aos novos pneus mais largos – houve uma crescente suspeita sobre os benefícios que a equipe italiana ganhou com o extenso trabalho para a Pirelli que Sebastian Vettel fez com um carro mula em 2016.

Em contraste com os 2228 quilômetros de testes com Vettel no ano passado, Rosberg fez 209 km, enquanto Hamilton fez apenas 50 km. Wolff, cuja equipe está lutando para dominar os pneus, está convencido de que a Ferrari ganhou uma vantagem ao ter alguém tão estabelecido como o Vettel se lançando plenamente no programa.

“Foi definitivamente uma vantagem para a Ferrari que eles tivessem Vettel fazendo isso, porque com sua experiência, ele era um piloto de testes credível”, disse o chefe da Mercedes, cujos esforços de teste foram conduzidos pelo então novato Pascal Wehrlein.

“Se você está guiando seu carro e você é um engenheiro da Pirelli, e você tem o Vettel palpitando, é diferente de Pascal Wehrlein”, prosseguiu Wolff, que salienta que a decisão de usar Wehrlein ocorreu porque nem Hamilton nem Rosberg queriam se distrair de sua batalha pelo título muito intensa no ano passado.

“A situação era diferente conosco no ano passado, porque Nico e Lewis estavam em uma luta no campeonato, naquela época, com o carro atual”, acrescentou Wolff. “Ambos disseram que testar o carro do próximo ano, com os pneus do próximo ano, era algo que, pelo menos, os prejudicaria no foco do campeonato mundial em 2016. Então, era compreensível”.

“Se eu pudesse voltar no tempo, eu provavelmente insistiria um pouco mais para que eles testassem os pneus novos, mas estávamos em uma situação diferente dos pilotos da Ferrari”.