F1 – Mercedes rejeita alegações de Bernie Ecclestone

quarta-feira, 20 de maio de 2015 às 1:56
f1-Mercedes-Andy-Cowell

Andy Cowell

A Mercedes rejeitou as alegações de Bernie Ecclestone que os motores turbo híbridos atuais da F1 não têm qualquer relevância para carros de rua, como o Autoracing publicou ontem,.

Ecclestone, de 84 anos, há muito se opõe aos motores, porque eles são mais silenciosos e mais caros do que o V8s anteriores.

Ele disse à revista F1 Racing que os motores atuais “não têm nada a ver com carros, eles nunca serão usados ​​em carros de rua”.

Mas o chefe de motores da Mercedes F1 Andy Cowell, disse que os carros de rua logo estarão usando “exatamente a mesma” tecnologia.

Duas tecnologias híbridas separadas estão sendo utilizadas nos motores de F1, que foram introduzidos na última temporada.

Uma recupera a energia a partir do eixo traseiro durante a frenagem, a armazena em uma bateria e reaplica sob aceleração. Isto é exatamente como os atuais carros de rua híbridos trabalham.

A segunda – e nova – tecnologia recupera a energia a partir do eixo do turbocompressor e é utilizada para dois propósitos.

Ela pode ser aplicada diretamente às rodas traseiras para aumentar a aceleração, e pode ser usada para preparar o sistema de turbocompressor para que esteja pronto para ser utilizado logo que o piloto pressionar o acelerador.

Este erradica quase completamente a resposta atrasada do acelerador, inerente em motores turbo, conhecido como “turbo lag”.

A combinação dessas duas tecnologias híbridas significa que agora os motores de F1 têm uma eficiência térmica de mais de 40% – melhor do que um motor diesel atual.

Cowell disse: “As pessoas se esforçam para fazer motores de carros de rua termicamente mais eficientes, de modo que a economia de combustível seja compatível com os regulamentos da União Europeia e em todo o mundo.”

“A maneira como você faz um motor de combustão interna mais eficiente é diminuindo o tamanho dele.”

“Então, menos capacidade, menos cilindros e menos rpm. Então você consegue. Mas isso não cria potência. “Então você coloca um turbocompressor para colocar mais oxigênio lá dentro, de modo que você possa queimar a mesma quantidade de combustível, até um pouco menos, mas você recupera a potência.”

“E conforme isso continua se desenvolvendo, você acaba com motores muito pequenos e turbocompressores muito grandes. E então você acaba com um turbo lag gigante.”

“Como você pode reduzir isso? Você pode colocar um sistema híbrido, por isso que, enquanto você se afasta de um semáforo, há um grande motor elétrico ajudando antes do turbocompressor começar a girar.”

“Ou você pode colocar um motor elétrico no turbocompressor, de modo que ele gire o compressor para você ter potência na mesma hora que acelera. É aí que os motores de F1 são relevantes para os carros de rua.”

Cowell disse que este sistema “definitivamente” vai começar a aparecer em carros de rua: “Nos carros de rua não precisamos da quantidade de potência que temos na F1”, disse ele. “Assim, o nível de potência será menor, mas a esquemática da unidade de potência será exatamente a mesma.”

“Vamos acabar todos dirigindo carros que quando pisarmos no freio haverá um motor elétrico que fará a frenagem por nós. Os discos de freio estarão lá para emergências.”

“Toda a energia do freio vai entrar em máquinas elétricas, em ambos os eixos, e ficar armazenadas em uma bateria.”

“Vamos acabar com um motor de capacidade muito pequena, baixo rpm, altamente impulsionado pelo turbo e ainda com um motor elétrico para girar o compressor.”

AS - www.autoracing.com.br

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