F1 – Mercedes queria fornecer para a McLaren

Mansour Ojjeh e Dieter Zetsche

Toto Wolff disse que a Mercedes queria fornecer seus motores para a McLaren em 2018, mas a negociação se arrastou por muito tempo.

Quando ficou claro que a Honda não conseguiu desenvolver uma unidade de potência competitiva em 2017, a McLaren começou a buscar opções alternativas para 2018.

O acionista da McLaren, Mansour Ojjeh, se aproximou do presidente da Daimler, Dieter Zetsche, sobre um possível acordo – baseado num relacionamento construído durante o contrato de fornecimento da Mercedes-Benz com a McLaren durante 25 anos, entre 1995 e 2014 – mas quando tratavam de detalhes de negociação, o acordo demorou demais para sair.

Wolff insiste que Mercedes estava interessada no acordo, mas diz que não conseguiu colocar a infra-estrutura adequada para atender a uma quarta equipe em tão pouco tempo.

“Nós queríamos dar à McLaren um motor, o problema é que a negociação se arrastou por tempo muito longo e simplesmente ficamos sem prazo para aumentar a estrutura e a capacidade de fornecer mais uma equipe para 2018”, disse Wolff à ESPN. “Foi simplesmente muito tarde”.

A McLaren então assinou um acordo de três anos com a Renault depois que a Toro Rosso concordou em desistir do fornecimento da Renault e aceitou ficar com os motores da Honda em 2018.

Perguntado se a McLaren poderia retornar como cliente no futuro, Wolff acrescentou: “Você nunca deve excluir o fornecimento de alguém no futuro e é por isso que a McLaren ou qualquer outra equipe no futuro poderia ser parceira”.

A Red Bull frequentemente apontou para o défice de potência entre seus motores Renault e as unidades de potência Mercedes como motivo de seus problemas desde 2014, mas Wolff diz que foi esse tipo de atitude que colocou a Mercedes fora do fornecimento da equipe de Milton Keynes.

“É exatamente porque eles estão dizendo isso assim e minando seu parceiro atual que eles não tem nosso motor!” ele adicionou. “Na Formula 1, como em qualquer outro lugar da vida – seja sua vida privada ou vida comercial – trata-se de compromisso e reconhecimento dos pontos fortes e fracos do seu parceiro. Ambos tem que se ajudarem mutuamente.”

“Essa é a cultura que temos na Mercedes e isso nos fez ter sucesso nos últimos anos. O respeito é uma parte super importante de nossos valores e é por isso que escolhemos os parceiros que temos”.