F1 – Mercedes proibiu comunicação dos pilotos após o GP da Bélgica
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 às 10:30Lewis Hamilton e Nico Rosberg foram proibidos de falar com sua equipe Mercedes imediatamente após sua colisão no GP da Bélgica, revelou a revista Autosport.
Os chefes da Mercedes ficaram tão furiosos com a batida dos dois na segunda volta da corrida em Spa que tomaram uma atitude inédita contra eles. Soube-se que ambos foram avisados no domingo à noite na Bélgica que não poderiam falar um com o outro, ou com ninguém da equipe, até que tivessem permissão.
Enquanto isso, os dirigentes da Mercedes esclareciam o assunto na fábrica, o que incluiu uma intensa reunião de duas horas na segunda-feira posterior à prova entre os membros das equipes de Rosberg e Hamilton.
Houve discussões acaloradas entre as duas partes sobre o que havia ocorrido nas semanas anteriores, mas as diferenças acabaram sendo resolvidas e todos concordaram em seguir em frente. Hamilton e Rosberg só receberam uma ordem para comparecer à sede da equipe depois que a situação dentro da fábrica em Brackley foi acertada.
Toto Wolff, chefe de competição da Mercedes, não quis confirmar os detalhes do que aconteceu imediatamente após Spa, mas ele diz que a situação foi suficientemente ruim para que a equipe deixasse claro que ambos os pilotos haviam passado do limite.
Além disso, ele acredita que o fato dos dois terem sido advertidos que uma repetição da situação no futuro não seria tolerada e poderia inclusive fazer com que um deles perdesse sua vaga acalmou as coisas.
“Nós saímos daquilo como uma equipe super forte”, declarou ele. “Superamos aquilo e dissemos: nenhum piloto vai interferir nesta equipe. Somos uma equipe. E isso nos deixou bastante unidos, porque talvez os poderes mudaram um pouco”.
“Não em termos de jogos de poder – porque um jogo assim é letal e não pode ocorrer em uma equipe. Mas quando chamamos os pilotos de volta para a fábrica, eles compreenderam. Dissemos a eles que não poderiam fazer aquilo novamente, porque tínhamos partes do carro que deveriam estrear em Monza e Cingapura”.
“As pessoas haviam trabalhado a noite inteira sem ver suas famílias e eles haviam jogado tudo fora na segunda volta. Não dissemos que um deles ou os dois eram 100 por cento culpados – mas 51 por cento da culpa era suficiente”.
“Portanto, nós deixamos claro: ‘não façam isso novamente. Se acontecer, vamos decidir se queremos continuar com esta dupla’. Com essa mensagem tendo sido passada semi-oficialmente, a posição foi fortalecida”.
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