F1 – Mercedes pode ser flexível para permitir recuperação de rivais

domingo, 5 de julho de 2015 às 7:00

Toto Wolff

A Mercedes está disposta a oferecer às rivais Renault e Honda uma tábua de salvação em suas tentativas de recuperar o atraso na Fórmula 1. A fabricante alemã vem  dominando a categoria desde a adoção dos motores V6 turbo: a Ferrari se recuperou em 2015, mas a Renault e a recém-chegada Honda continuam lutando.

O desenvolvimento ao longo do campeonato deveria ter sido bloqueado nesta temporada, mas a Ferrari descobriu uma brecha que forçou a FIA a relaxar seus regulamentos, o que será fechado para 2016. Toto Wolff sugeriu que há margem para rever isso, abrindo mão de certas áreas da unidade de potência para um desenvolvimento extra, mas ele está preocupado com o impacto sobre os orçamentos das equipes.

“Com alguém como a Honda, com todos esses problemas, nós precisamos entender e encontrar formas de lhes permitir recuperar o atraso, sem alterar o DNA da F1”, disse o chefe de esportes da Mercedes. “Mas é por isso que sempre fomos relutantes sobre o desenvolvimento ao longo do ano, porque ele vem com um custo enorme”.

“A Ferrari descobriu uma brecha, e foi inteligente como eles fizeram isso. Agora eles dizem que talvez tenham aberto uma lata de vermes, porque ficou caro. Então, na última reunião (do Grupo de Estratégia), dissemos que tal brecha foi fechada e que não vai acontecer no próximo ano, mas se Renault e Honda acham que precisam disso, vamos discutir se iremos mudar”, prosseguiu Wolff.

“Comercialmente, não é o mais inteligente que podemos fazer, mas se é do que os outros precisam, ou do que eles acreditam que precisam, a fim de recuperar o atraso, então vamos certamente considerar isso”, admitiu o dirigente da Mercedes, que não tem intenção de congelar o desenvolvimento do seu motor para permitir que Renault e Honda tenham a oportunidade de ganhar terreno.

“Normalmente, se você tiver uma equipe, ou você é um fornecedor de motores, você precisa tentar esmagar todo mundo. Mas, então, precisamos ter simpatia por aqueles que estão lutando com os novos regulamentos. Isso nunca aconteceu antes, pedir para alguém parar o desenvolvimento, ou congelálo, para permitir que os outros se recuperem. Esse não é o DNA da F1. Esta é uma competição e todos nós estamos lutando para ser o melhor. São decisões minúsculas e erros que podem ter um grande efeito no futuro”, concluiu Wolff.

EB - www.autoracing.com.br

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