F1 – Mercedes: Ferrari e Red Bull também tem problemas com pneus

domingo, 22 de abril de 2018 às 10:41

Mercedes

O estrategista-chefe da Mercedes, James Vowles, insiste que a sua não é a única equipe da F1 que luta para tirar o melhor proveito dos pneus de 2018 da Pirelli.

Os atuais campeões mundiais ainda não venceram uma corrida em 2018. Depois de suas últimas lutas no GP da China, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, admitiu que a equipe “não está em um bom lugar” no gerenciamento dos pneus nesta temporada.

Enquanto Vowles admitiu que a Mercedes teve dificuldade em encontrar consistência com diferentes compostos em todas as condições, ele insistiu que as rivais da fabricante alemã, Ferrari e Red Bull, também estão lutando para encontrar um ponto ideal com a linha de pneus 2018 da Pirelli.

“Os pneus estão tendo um impacto maior este ano”, disse Vowles no Mercedes-Benz, após o GP da China. “Mas mais do que isso, há um segundo aspecto também, que é que você tem três equipes – Mercedes, Ferrari e Red Bull – que, dependendo de qual pneu e qual pista, são capazes de ter diferentes níveis de desempenho umas das outras”.

“E o que está criando são carros diferentes com diferentes níveis de desempenho, dependendo da temperatura da pista, de quais são as condições e do pneu instalado no carro. Quando você vai para uma pista e fica ventoso ou não venta, está frio ou quente, você pode ver diferença de até 1s em tempos de volta por causa desses fatores ambientais”, explicou.

Vowles citou as dificuldades da Ferrari em encontrar a melhor performance durante a classificação para o GP da Austrália – em que Lewis Hamilton conquistou a pole position por 0s7 – e suas dificuldades em compostos mais duros no Bahrain, como prova de que ambas as equipes enfrentaram problemas.

“Em Melbourne fomos capazes de fazer o carro funcionar com os pneus. No Q3 marcamos um tempo extremamente rápido com Lewis. No Bahrain, o pneu médio funcionou muito bem em nosso carro, e a degradação no supermacio também ficou boa. Portanto, há pequenas vinhetas de informações em que conseguimos fazer com que funcione”, lembrou.

“No GP da China, no Q2, fizemos 1min31s9 com Lewis, e isso nos colocaria na disputa pelo quinto lugar no grid, em um pneu macio. Então você obtém essa evidência dos pneus funcionando. E inversamente o mesmo para a Ferrari, em Melbourne eles não estavam lá. No supermacio, no Bahrain, eles estavam fora do alcance e degradavam demais, e no médio, um pouco mais lentos do que nós”, comentou.

Vowles acredita que as temperaturas estão afetando mais os pneus e disse que a abordagem agressiva da Pirelli em relação à sua linha de pneus de 2018 – tomada com o objetivo de estratégias de agitação – causou mais dores de cabeça para as equipes considerarem no fim de semana.

“Parecia que a Ferrari nas condições frias e muito quentes eram mais rápidas do que nós. A maneira como os pneus funcionam é muito sensível à temperatura na frente e na traseira, e você precisa dos quatro pneus adequados à temperatura em todas as curvas da pista”, acrescentou.

“Em algumas, onde são apertadas e sinuosas, você gera muita temperatura. Em outras como a do final da reta para a curva 14 (na China), você esfria os pneus. A Pirelli forneceu compostos que geram múltiplas opções de estratégias. No final das contas, está criando o suficiente para pensarmos em toda a corrida”, concluiu Vowles.

EB - www.autoracing.com.br

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