F1 – McLaren quer que FIA aperte o cerco contra queima de óleo

sábado, 7 de outubro de 2017 às 11:31

Eric Boullier

A McLaren pediu à FIA que se esforce para impedir que as equipes queimem óleo na Fórmula 1 no próximo ano, em meio a suspeitas de que algumas ainda estejam ganhando com a prática. Isso embora já tenha começado uma repressão, com equipes restritas à uma quantidade que pode ser queimada.

Além disso, questões começaram a ser levantadas sobre se a F1 pode se orgulhar de ser uma tecnologia de motor ecológica se os carros estiverem queimando mais de dois litros de óleo em uma corrida.

Embora um limite de 0,6 litros por 100 km seja rigorosamente aplicado a partir do ano que vem, o diretor de corridas da McLaren, Eric Boullier, acha que a FIA precisa se tornar ainda mais dura e, talvez, impedir tal atividade completamente.

“Esta situação é um pouco difícil de entender”, explicou Boullier. “A queima de óleo é usada para desempenho, não há segredo nisso, mas em um motor normal trabalhando com carros de rua ou correndo para nós, não há queima de óleo”.

“Há algo que a FIA está tentando parar porque a queima de óleo não é muito amigável para o meio ambiente. E, obviamente, se há uma performance, eles precisam fechá-la. Eu sei que a FIA e Charlie (Whiting) estão trabalhando muito para tentar fechar a lacuna porque não há uma definição clara de óleo nos regulamentos da FIA, mas eu não sei se vai ser suficiente”, prosseguiu.

“Nós também temos que restringir esse consumo de óleo, que deveria ser zerado para o ano que vem. Eu acho que a restrição pode (precisar) ser um pouco maior do que o planejado para hoje”, completou o diretor da McLaren.

O chefe de automobilismo da Mercedes, Toto Wolff, acredita que a chave é que a FIA tenha cumprido rigorosamente os limites que impôs, pois admitiu que as equipes tiveram que perseguir qualquer vantagem competitiva que pudessem.

“É uma discussão ter uma discussão ambientalmente amigável, mas, por outro lado, é importante cumprir as regras”, disse ele. “Foi deixado claro pela FIA depois de Baku que não deveria haver queima de óleo, ou, se houvesse, o consumo de óleo seria limitado a 0,9l (para o restante de 2017).

“Não haveria nenhuma lacuna para contornar isso. Eu acho que a FIA precisa ser rígida apenas ao acompanhar o que expressaram como legal e não legal. Eu acho que, seja qual for o nível, ele precisa ser policiado no caminho certo, então é o mesmo campo de jogo para todos”, concluiu Wolff.

O chefe da Honda, Yusuke Hasegawa, salienta que todos os fabricantes estavam conscientes dos benefícios competitivos da queima de óleo. “É claro que a FIA tenta modificar os regulamentos, restringir qualquer queima de óleo no próximo ano, mas nesta competição todos estão descobrindo algo extra”, confirmou ele.

EB - www.autoracing.com.br

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