F1 – McLaren MCL35M precisa ser bem melhor em uma determinada área

sábado, 13 de fevereiro de 2021 às 18:59

McLaren MCL35 2020

Na segunda-feira, a McLaren será a primeira equipe a mostrar seu carro para a próxima temporada. As expectativas são altas para a equipe britânica, mas ainda há alguns pontos em que o MCL35M precisa ser melhorado em comparação com seu antecessor.

A maior mudança no MCL35M, é claro, vem na forma de uma UP nova: a da Mercedes. Mas não é tão simplesmente instalar o motor e você terá um MCL35 mais rápido. A McLaren teve que levar em conta as características e a construção diferente do motor em relação ao antecessor da Renault.

Como resultado, o carro sofreu muitas mudanças em termos de aerodinâmica, a equipe britânica recebeu permissão da FIA para adaptar mais coisas ao carro sem ter que usar tokens. Isso foi necessário, pois o sistema de refrigeração e o chassi ao redor do motor tiveram que ser bastante modificados. Uma vantagem é que a McLaren faz a maioria das peças ela própria, como por exemplo a caixa de câmbio, suspensão e quase todo o carro.

Isso faz com que eles conheçam o próprio carro muito melhor que a Racing Point, agora Aston Martin, que compra tudo o que pode da Mercedes e tenta copiar o que não pode. Isso ficou bastante claro em 2020, quando a equipe não sabia exatamente porque seu carro ia muito melhor em algumas pistas do que em outras.

Desde que a McLaren leve em conta as características do motor Mercedes, a equipe pode se tornar a principal candidata no segundo pelotão e até dificultar as coisas para a Red Bull. Apesar da potência da UP Renault não ser ruim, o torque, a dirigibilidade e a confiabilidade da UP Mercedes são melhores que a da Renault, o que pode resolver parcialmente uma das fraquezas do MCL35.

Um dos principais problemas da McLaren na temporada passada foi em curvas de baixa. Claro que todos os pilotos têm que levantar muito o pé do acelerador para entrar numa curva apertada, mas a velocidade mínima de contorno em curvas de baixa era muito menor do que a de seus concorrentes diretos, o que prejudica também a velocidade de saída desse tipo de curva. A equipe britânica teve a sorte de terminar em terceiro no campeonato do ano passado, mas como eles querem no mínimo repetir esse feito, eles têm essa grande fraqueza para resolver.

As deficiências do MCL35 foram claramente visíveis no circuito de Sochi, por exemplo. A pista na Rússia tem uma série de curvas médias e rápidas no primeiro e segundo setores, onde a McLaren se destacou no ano passado. Durante o TL3, Carlos Sainz ficou apenas um décimo atrás do tempo de Lewis Hamilton. Mas no setor final, Sochi tem apenas algumas curvas lentas e é aí que o MCL35 perdia muito tempo, permitindo que o espanhol fosse ultrapassado na classificação pela Renault de Daniel Ricciardo e pela Racing Point de Sergio Perez. Notavelmente, todos os três pilotos vão guiar para equipes diferentes este ano.

AS - www.autoracing.com.br

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