F1 – Max Verstappen é o favorito para o título de 2021

segunda-feira, 28 de junho de 2021 às 19:12

Max Verstappen

Por: Adauto Silva

Hoje, 3 meses depois de começada a temporada da Fórmula 1, vários sites no mundo estão publicando o que o Autoracing deu com exclusividade no dia 29 de março, ou seja, que a Honda não vinha usando sua potência máxima desde o domingo do GP do Bahrain, devido a problemas de confiabilidade.

A Honda já havia tido alguns problemas de confiabilidade na pré-temporada disputada no próprio Bahrain 2 semanas antes. Então os japoneses fizeram algumas alterações em seu software e acharam que os problemas tivessem sido resolvidos.

Mas na sexta-feira de treinos livres e no sábado de classificação no GP do Bahrain, todos os seus carros – com exceção do de Max Verstappen – tiveram problemas em diferentes componentes da UP, alguns desses problemas advindos da aero dos carros, que não permitia uma refrigeração adequada da central eletrônica, que emitia alguns sinais errados de pane e outros da própria UP, que a Honda conseguiu manter em segredo até agora.

Por isso, os japoneses tiveram que tirar potência da UP e trabalhar com o objetivo de identificar o que estava causando os problemas para corrigi-los na primeira atualização que seria feita algumas corridas depois. A AlhpaTauri e a Red Bull também tiveram que trabalhar em modificações de seus carros para que a refrigeração da CE não fosse mais prejudicada.

Na AlphaTauri essas modificações na aero foram feitas logo após a Honda identificar esse problema – que não foi imediatamente, – mas na Red Bull essas modificações levaram mais tempo para não prejudicar a aero geral do carro.

Mas como o Autoracing vem publicando e eu venho afirmando no Podcast Loucos por Automobilismo e nos meus vídeos no Youtube, a Honda ficou trabalhando incansavelmente nesses três meses para conseguir voltar a utilizar sua UP em toda sua plenitude.

Eles conseguiram fazer isso e ainda tiveram uma ajuda de seu fornecedor de combustível – que o Autoracing também informou aqui para o GP do Azerbaijão.

Portanto, não é coincidência que a Red Bull venceu as três últimas corridas em pistas onde a potência do motor é bastante importante.

A Red Bull, como venho dizendo desde a pré-temporada, tem o carro mais rápido do grid. O que eles não tinham ainda era potência. Mas, desde o GP da França eles tem essa potência que necessitavam e ganharam as duas corridas que exigem potência. Mônaco, onde eles também venceram, não conta porque a pista não exige e nunca exigiu potência de motor. Baku é um caso à parte.

A vitória de Max em Paul Ricard, uma pista totalmente da Mercedes, foi muito significativa e me deu a quase certeza que os Touros poderiam disputar contra os Prateados em igualdade de condições em todas as pistas do calendário. E o passeio de Max em Red Bull Ring ontem só serviu para confirmar a minha certeza.

Por que Perez não acompanha Verstappen?

Por várias razões, a primeira delas sendo o fato óbvio que Verstappen é mais rápido que Perez, assim como era muito mais que Gasly e Albon. Mas não é só isso. Quem acompanha meus textos e vídeos sabe que a Red Bull tem um problema fundamental em entrada de curvas que começou em 2019 e vem trabalhando para minimizá-lo desde lá com pouco sucesso. O carro tem uma janela super estreita de como ele aceita a frenagem nas entradas de curvas de média e alta.

Verstappen pegou a mão de como entrar nessas curvas problemáticas para o carro, algo que Gasly e Albon não conseguiram. Perez está sendo mais inteligente, pede dicas para Verstappen, ficou mais chegado a ele do que seus antecessores e tem estudado muito a telemetria do holandês junto com seu engenheiro, por isso vem melhorando.

O problema do novo regulamento, que afeta menos a Red Bull

O novo regulamento deste ano, que cortou ambos os lados do assoalho na parte final e com isso diminuiu o tamanho do difusor, sem querer ajudou a Red Bull e Verstappen, uma vez que todos os outros carros passaram a ter problemas em entradas de curvas de média e alta, como os Touros já tem desde 2019.

Agora, enquanto Max Verstappen já “tem a mão” de como guiar um carro de F1 com essa dificuldade, todos os outros pilotos ainda levarão um tempo para descobrir isso, uns mais, outros menos.

Em suma, os Touros já começaram 2021 com um carro melhor, a partir de Paul Ricard tem um motor que se equivale ao Mercedes e tem um piloto mega-rápido e confiante que já sabe como tocar um carro com essa nova dificuldade, que se apresentou somente esse ano para os demais pilotos.

Por isso, a minha conclusão óbvia é que Max Verstappen neste momento é o grande favorito para vencer o título de 2021. Claro, ele terá que confirmar isso na pista, já que ninguém vence na véspera. Mas, se nada extraordinário acontecer, veremos os Touros e seu primeiro piloto voltarem a triunfar depois de 8 anos apanhando dos Prateados.

Adauto Silva
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