F1 – Lotus e Williams trocaram de papéis em 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014 às 9:26Em meio à sua primeira metade de temporada sem pontos com a Lotus, Pastor Maldonado renovou seu contrato com a equipe de Enstone para 2015.
Em sua terceira campanha consecutiva com a Williams no ano passado, a organização baseada em Grove chegou ao fundo do poço, e Maldonado decidiu levar seu patrocínio da PDVSA para a Lotus. Foi precisamente naquele momento que as duas equipes trocaram de papéis.
O venezuelano insiste que não se arrepende da decisão. “Sinto-me melhor aqui”, declarou ele ao Tuttosport da Itália. “Não que a Williams fosse ruim. Gostei bastante dos dois primeiros anos, aprendi várias coisas e também obtive alguns bons resultados”.
“Mas, no ano passado, senti a necessidade de mudar, queria novos desafios. Vi que não tínhamos prospectos de desenvolvimento, mesmo sabendo que este ano não seria tão ruim quanto 2013”.
Maldonado disse repetidamente em 2014 que o que fez a maior diferença na Williams foi a troca do motor Renault pelo Mercedes. “No passado, a Lotus construiu os melhores carros na Fórmula 1. Neste ano, as coisas não estão indo bem, apesar de o carro ser bom. A diferença é principalmente os motores da Mercedes”.
Nem mesmo Claire Williams, diretora da equipe, e Pat Symonds, chefe técnico, negam totalmente isso. “Obviamente, a unidade da Mercedes vem ajudando a melhorar nossa competitividade neste ano”, afirmou Williams. “Com certeza é um fator”.
Falando à Auto Motor und Sport da Alemanha, Symonds concorda: “Mas você não pode esquecer que, no ano passado com a Renault, tínhamos o mesmo motor dos campeões mundiais e ficamos em nono. Agora, novamente temos o motor dos aparentes novos campeões mundiais e estamos indo muito melhor. Somos a segunda melhor equipe da Mercedes, e não tão longe da equipe de fábrica”.
Ele diz que a maior mudança na Williams em 2014 é a confiança. “Quando cheguei, não havia confiança, apenas pânico. Alguém me disse no ano passado que não fazia sentido treinar pit-stops porque o carro era péssimo. Essa atitude não leva a lugar nenhum. Hoje, nossas paradas são muito boas. Todos voltaram a acreditar em si próprios. A atmosfera na equipe está bem diferente”.
Ao mesmo tempo, Maldonado acredita que a Lotus pode se recuperar. “A maioria dos problemas se deve à falta de confiabilidade. Às vezes, entramos na pista pensando simplesmente em terminar, e não em explorar a performance total do carro, o que não é a melhor estratégia”.
“Porém, algumas vezes talvez seja necessário dar um passo para trás a fim de se recuperar, e as coisas estão melhorando. Tudo parece bom agora. Esta sempre foi uma equipe grande, e com certeza voltará a ser uma das boas no futuro”.
Federico Gastaldi, chefe da Lotus, concorda com Maldonado, mas admite que o motor Renault não é o único problema. “Acho que ainda temos problemas para entender o motor, mas ainda estamos enfrentando dificuldades em Enstone para combinar chassi, aerodinâmica e o motor. Estamos tentando melhorar, mas é um processo muito lento”.
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