F1 – Jules Bianchi não conseguiu desligar o motor no acidente

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014 às 17:24

Jules Bianchi

O sistema brake-by-wire de Jules Bianchi no Marussia pode ter precipitado seu acidente no GP do Japão, o impedindo de desligar o motor, de acordo com um relatório.

Um grupo de análise do acidente foi encomendado pela FIA para investigar a batida em outubro. Ele revelou suas descobertas na reunião do Conselho Mundial nesta quarta-feira.

O relatório divulgou mais detalhes sobre as circunstâncias que envolveram o acidente de Bianchi no Japão, onde ele bateu num guindaste móvel que recuperava o Sauber de Adrian Sutil.

O relatório revela que o sistema brake-by-wire do Marussia de Bianchi era “incompatível” com um sistema à prova de falhas (FailSafe) nos carros de F1, que foi projetado para cortar o motor quando o piloto aplica os freios e o acelerador ao mesmo tempo. Ele diz que isso “pode ter afetado” a velocidade com que Bianchi atingiu o guindaste.

O relatório diz: “Durante os dois segundos que o carro de Bianchi deixou a pista e atravessou a área de escape, ele aplicou o acelerador e o freio em conjunto, utilizando ambos os pés”.

“O algoritmo do FailSafe foi projetado para se sobrepor ao acelerador e desligar o motor, mas [isso] foi inibido pelo coordenador de torque, que controla o sistema brake-by-wire traseiro. O Marussia de Bianchi tem um design único de brake-by-wire, que provou ser incompatível com as configurações do FailSafe”.

“O fato do FailSafe não desligar o motor como solicitado pelo piloto, pode ter afetado a velocidade de impacto e não sendo possível de se determinar qual era. No entanto, pode ser que Bianchi estivesse distraído com o que estava acontecendo e o fato de que suas rodas dianteiras haviam bloqueado, ele foi incapaz de dirigir o carro para evitar o guindaste”.

“O capacete de Bianchi atingiu a parte inferior do guindaste. A magnitude do golpe e do ricochete causaram uma enorme desaceleração da cabeça e uma aceleração angular, levando a seus ferimentos graves”.

O relatório também disse que o diretor de prova Charlie Whiting foi correto ao não chamar o carro de segurança, enquanto os fiscais de pista cuidavam do acidente inicial de Sutil.

“As ações tomadas na sequência do acidente de Sutil foram consistentes com os regulamentos, e sua interpretação seguindo os 384 incidentes nos últimos oito anos”, acrescentou o relatório.

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