F1 – Jones: Ecclestone me pagou para ficar fora de corrida

segunda-feira, 7 de agosto de 2017 às 10:28
Alan Jones

Alan Jones

Bernie Ecclestone tomou decisões polêmicas – como realizar corridas em países acusados de violações dos direitos humanos – durante seu período de quase 40 anos como CEO da Fórmula 1.

Porém, agora sabemos que uma atitude do britânico em 1985 aparentemente impediu que a F1 estivesse no centro de um incidente internacional.

O campeão mundial Alan Jones revelou que Ecclestone lhe pagou para fingir uma doença e ficar fora do GP da África do Sul de 1985 visando impedir que “milhares” de funcionários da Beatrice Foods entrassem em greve nos Estados Unidos, de acordo com sua autobiografia.

A Beatrice, uma companhia norte-americana, era a principal patrocinadora da equipe de Jones, a Haas Lola.

Jesse Jackson, ativista dos direitos civis, havia ameaçado organizar uma greve dos funcionários afro-americanos da Beatrice se o carro patrocinado pela companhia competisse na África do Sul, que vivia o auge do apartheid.

A equipe não poderia boicotar a corrida devido às obrigações contratuais, portanto Ecclestone supostamente teve uma conversa com Jones no dia anterior e propôs um plano alternativo.

“Bem, eu tenho uma pequena ideia. Se você ficar doente e não puder pilotar novamente neste fim de semana, vamos lhe dar a premiação em dinheiro do primeiro colocado. Vá para casa e visite a Austrália”, disse Ecclestone, de acordo com Jones.

Segundo Jones, o todo-poderoso da F1 explicou que se ele fingisse estar doente demais para correr, a Beatrice evitaria qualquer publicidade indesejada.

“Se o piloto estiver doente, o carro da Beatrice não corre. É uma força maior. Jesse Jackson não pode fazer seus discursos e dizer ‘eu forcei a companhia a se retirar’, e também não poderia organizar uma greve porque o carro não correu”, teria dito Ecclestone a Jones.

 

LS - www.autoracing.com.br

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