F1 – Início problemático em 2015 “matou” a Renault

Red Bull no GP do Bahrain de 2015

O início da temporada de Fórmula 1 de 2015 “matou” a Renault, mas ela se recuperou e agora está se movendo na direção certa, de acordo com o chefe de motores, Remi Taffin.

A empresa francesa fez mudanças radicais em sua unidade de potência, especialmente em seu hardware, durante o inverno de 2014-15, em uma tentativa de alcançar as rivais Mercedes e Ferrari.

Mas a Red Bull sofreu problemas de confiabilidade nos testes de pré-temporada e nas primeiras corridas, e como Taffin já admitiu, a Renault levou muito tempo para identificar os problemas.

A Renault estava reconsiderando seu futuro na F1, enquanto seu relacionamento com a Red Bull ficou tenso, com o desempenho e a confiabilidade caindo. “O início de 2015 acabou nos matando”, disse Taffin ao site Autosport.

“Paramos tudo. Tecnicamente foi difícil, politicamente foi difícil. Não sabíamos se iríamos comprar uma equipe ou não, se teríamos clientes. A vida ficou muito difícil para todos. Na segunda parte de 2015 mostramos que poderíamos sobreviver, mas também fazer um bom trabalho novamente”, relembrou ele.

A Renault desde então vem melhorando, vencendo duas corridas com a Red Bull em 2016, mas Taffin admitiu que a empresa perdeu a direção quando as coisas não estavam indo tão bem. “As pessoas não mudaram, nós ainda temos as pessoas certas e boas. É apenas uma questão de organização, é isso que perdemos naquele momento”, explicou.

“Em algum ponto nós não encontramos a tecnologia certa, o que nós posteriormente adquirimos, mas eu acho que nós perdemos um ano. Este ano deveria ter sido no ano passado”, acredita Taffin, que agora sente que a Renault está em melhor posição para lidar com quaisquer potenciais problemas que pode encontrar no futuro.

“Em algumas regiões do motor nós fizemos um procedimento para ter certeza agora de que tudo o que fazemos na fábrica vai ficar bem na pista. É justo dizer que tivemos, digamos, uma ou duas surpresas este ano”, comentou.

“Isso é normal, mas pelo menos poderíamos reagir e estávamos prontos para isso. Não só você precisa validar tudo, você precisa estar pronto e ter uma solução quando está indo mal ou diferente de como você espera”, concluiu o dirigente.