F1 – Infos relevantes sobre o problema da UP Ferrari

segunda-feira, 25 de março de 2019 às 19:03

Nesta tarde foi possível obter mais informações bastante relevantes sobre a UP Ferrari que a equipe norte-americana Haas usa e criou tantos problemas na própria Scuderia Ferrari na Austrália.

Embaixo do capô do VF19, haveria um problema de equilíbrio no resfriamento na UP Ferrari 064; o radiador estabelecido na parte traseira do carro está resfriando menos do que deveria, enquanto os de dentro estão trabalhando mais do que o esperado pelos técnicos da equipe americana.

Por isso, depois dos testes de pré-temporada e do GP da Austrália no último dia 17, o trabalho em Varano de ‘Melegari (onde é a fábrica de Dallara, que faz o chassi da Haas) intensificou-se bastante. Em Melbourne, uma nova especificação de refrigeração foi trazida, mas não deu os resultados esperados, já que ficou fora da tolerância permitida.

Além disso, estão sendo feitas mudanças no sistema de refrigeração, que deve ficar muito parecido com o usado pela Ferrari SF90, incluindo mover o resfriamento das partes híbridas da parte traseira do VF19 para dentro. Essas mudanças estavam planejadas somente para o oitavo GP, que será no Canadá.

A unidade de potência Ferrari 064 sofreu algumas mudanças importantes em termos de desenho, a fim de poder afilar o máximo possível a parte central e traseira do SF90.

A Haas também seguiu essa filosofia, ao contrário da Alfa Romeo, que continuou a usar um sistema de refrigeração da Ferrari muito diferente, mas com resultados mais positivos por enquanto, por isso os Alfas sofreram menos em velocidade de reta de todos os carros com a UP Ferrari em Melbourne.

Nos motores Ferrari, a modificação mais importante e visível é a eliminação do segundo intercooler posicionado no ano passado na parte superior do V6, que não permitia que a equipe italiana afunilasse a parte superior da tampa do motor para fins aerodinâmicos.

Os dutos direcionados ao compressor, posicionados atrás do endotérmico, passavam lateralmente pelo intercooler causando um importante aumento da seção frontal. A Ferrari optou então por uma admissão dinâmica do motor (airbox) com uma forma triangular muito agressiva semelhante à de 2017, dividida em duas passagens para o fornecimento do compressor e para o resfriamento do ERS.

Esse tipo de airbox certamente permite maximizar a eficiência da asa traseira graças a uma seção frontal significativamente menor. Algo que Haas não seguiu, no entanto, mantendo os “ouvidos” nas laterais da grande entrada de ar para a fonte de alimentação do compressor.

A outra modificação importante é o uso de radiadores inovadores – tecnologicamente falando – para tornar ainda mais compacta a refrigeração do carro italiano de 2019 e consequentemente o interior de sua UP, que é uma solução inovadora para a F1, mas que já é usada em motos.

Os problemas na UP aumentaram especialmente no carro de Sebastian Vettel. Uma lentidão do SF90 que o piloto alemão da Ferrari a um certo ponto da corrida revelou via rádio “porque estou tão lento”. Além das primeiras voltas em que a Ferrari permitiu o uso de um mapeamento bastante agressivo para ambos os pilotos, o resto da corrida foi com o mapeamento mais conservador (5 e 6), o que causou velocidades muito inferiores às da Mercedes e Red Bull, especialmente na fotocélula do segundo setor e na linha de chegada. O mesmo se aplica à Haas em comparação com os seus concorrentes diretos.

Portanto, tudo está levando a crer que o problema que a Ferrari e as outras equipes que usam a UP Ferrari tiveram na Austrália – razão das piores velocidades em reta -, é uma questão de refrigeração.

Agora, cabe a própria Ferrari e a cada uma das outras equipes equipadas com o motor feito em Maranello resolver esses problemas de refrigeração, que as afeta em graus diferentes, apesar de afetar a todas

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AS - www.autoracing.com.br

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