F1 – Imprensa italiana não perdoa Leclerc e Ferrari

segunda-feira, 24 de maio de 2021 às 15:54

Charles Leclerc – Q3 Mônaco 2021

Apesar da ótima performance de Carlos Sainz para os Vermelhos em Mônaco, a imprensa italiana – sempre muito apaixonada e pouco racional – parece não ter perdoado Charles Leclerc por sua batida na classificação e nem a Ferrari por não ter pelo menos divulgado qual foi exatamente o problema que impediu o monegasco de largar na corrida de domingo.

A mídia italiana, que parece não se lembrar das primeiras quatro corridas da temporada, onde a Ferrari mostrou um ritmo de segundo pelotão, queria a vitória e por isso celebrou muito pouco o P2 de Sainz.

“O triunfo do beijo”, começou a Gazzetta dello Sport, que incluía uma foto de Verstappen beijando sua namorada Kelly Piquet. “Foi um domingo de ouro para Verstappen, que não só foi beijado pela namorada depois, mas também elogiado por Serena Williams.”

“A estrela do tênis veio para o GP para celebrar Lewis Hamilton, mas teve de parabenizar o rival Verstappen pela vitória. O holandês dominou o GP de Mônaco com autoridade depois que Leclerc viu sua carruagem virar abóbora antes da largada devido a um problema técnico. Isso removeu o último obstáculo para Verstappen e permitiu que ele começasse sua corrida tranquilamente. Em seu Red Bull, ele só teve que se manter à frente de Valtteri Bottas, mas Verstappen está acostumado a lutas mais espetaculares do que as que aconteceram neste domingo.”

A Gazzetta elogiou bastante o holandês, mas não perdoaram Leclerc e Ferrari.

“A corrida em Mônaco foi um pesadelo para Leclerc”, ressaltou a Gazzetta. “A pole position acabou sendo apenas uma ilusão para ele. Demorou muito pouco para a glória do sábado ser perdida para a Ferrari e para o piloto. Seria fácil dizer que a Ferrari foi bem em Mônaco, mas a verdade é que Scuderia e Leclerc ainda tem muito para aprenderem.”

“O monegasco terá de amadurecer para evitar uma batida como essa no futuro. Leclerc queria a pole position a todo custo e não valia a pena correr o risco com um super Verstappen atrás dele. O segundo lugar também teria sido uma boa posição de largada. Haveria opções estratégicas suficientes para tornar a corrida interessante.”

O La Stampa também percebeu que a Ferrari ainda terá um gosto amargo depois da corrida, apesar do resultado de Sainz.

“Sim, podemos olhar para os aspectos positivos como o segundo lugar de Sainz e o fato de que a Ferrari finalmente teve um carro competitivo novamente”, começou o La Stampa. “No entanto, a decepção é ainda maior porque o que exatamente houve de errado com o carro de Leclerc? A Scuderia tinha visto o problema antes? O carro poderia ter sido consertado antes, para que Leclerc pudesse ter largado na corrida?”

O Corriere dello Sport também elogiou Verstappen.

“O tapete vermelho estava estendido para Verstappen em Mônaco”, diz a manchete do Corriere. “O holandês teve um grande dia, não só vencendo o prestigioso GP de Mônaco pela primeira vez, mas também assumindo a liderança do campeonato pela primeira vez. Verstappen tinha se empenhado em fazer um fim de semana sem erros e esse plano funcionou perfeitamente para o piloto da Red Bull. Seu companheiro de equipe Sergio Perez também finalmente desempenhou um papel significativo e garantiu que os austríacos agora liderassem o campeonato de construtores também.”

“Para a Scuderia, o dia foi guardado por Carlos Sainz, que conquistou um belo segundo lugar. O espanhol até parecia ter conseguido pressionar Verstappen a certa altura, acabando com a amargura em relação a Leclerc. Mas não teve sucesso. O fim de semana de corrida de Leclerc merece um romance, especialmente por causa do mistério em torno de sua batida no sábado.”

AS - www.autoracing.com.br

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